Saúde

Mitos e verdades sobre os remédios genéricos; o que você precisa saber

Por que os genéricos são mais baratos que os outros? Será que apresentam a mesma eficácia? Como identificar um genérico? Veja essas e outras respostas na matéria

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Freepik

Fevereiro de 1999. Há 25 anos entrava em vigor no Brasil a chamada Lei dos Genéricos (Lei 9.787/99). Desde então, a população passou a contar com uma nova opção nas prateleiras das farmácias e drogarias do país. 

A Lei permitiu a fabricação de medicamentos equivalentes aos "de marca". Uma outra mudança que chegou na mesma época foi o modo como as prescrições médicas feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) passaram a ser feitas. O nome do princípio ativo do medicamento é que deveria constar, a partir de então.

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Os medicamentos genéricos nada mais são do que versões dos de marca com a mesma dosagem, princípio ativo e forma farmacêutica. Somente após a expiração da patente do medicamento original é que eles são lançados. 

Assim, outra empresas fabricam os produtos, porém, sem a necessidade de pegar royalties (espécie de taxa paga pelo direito de usar, explorar ou comercializar um determinado bem).

Em meio a isso, e agora que você já sabe o que são os medicamentos genéricos, não é difícil encontrar quem diga ter um certo "pé atrás" com os genéricos. Dúvidas e  inúmeros mitos surgiram ao longo dos últimos anos. 

Mas então, por que são mais baratos que os outros? Será que apresentam a mesma eficácia? Como identificar um genérico? 

LISTA DE MITOS E VERDADES SOBRE OS GENÉRICOS

1. Medicamentos genéricos tem qualidade menor (MITO)

Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, todos os medicamentos genéricos passam por testes de qualidade rigorosos antes de terem o registro e a comercialização autorizados e chegarem ao mercado.

Isso significa que eles devem apresentar a mesma eficácia e segurança que os produtos de marca. 

2. Genéricos são mais baratos porque são inferiores (MITO)

De modo geral, o preço mais baixo dos genéricos se deve, ao fato de não precisarem de investimentos em pesquisa para serem desenvolvidos, já que são cópias de medicamentos já conhecidos.

3. Medicamentos genéricos custam, em média, 60% mais barato que os medicamentos de referência nas farmácias (VERDADE)

Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicam.entos Genéricos, esses medicamentos são 60% mais em conta do que os de marca nas farmácias brasileiras. Desde a criação da Lei dos Genéricos, estima-se que eles proporcionaram mais de R$281 bilhões em economia para a população.

4. Medicamentos genéricos não precisam ter identificação oficial (MITO)

De acordo com informações divulgadas no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) "os medicamentos genéricos podem ser identificados pela tarja amarela na qual se lê "Medicamento Genérico"". 

Outro ponto a ser observado é se na embalagem consta a seguinte frase: “Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999”. Lembrando que, "como os genéricos não têm marca, o que você lê na embalagem é o princípio ativo do medicamento".