Saúde

Brasil terá 704 mil casos de câncer por ano até 2025; estima INCA

O tumor maligno de pele não melanoma é o mais incidente no país, com 31,3% de casos. Em seguida, surgem os de mama feminina (10,5%) e Próstata (10,2%)

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Tânia Rego/ Agência Brasil

Os números chamam a atenção: devem surgir, por ano, 704 mil novos casos de câncer no Brasil no triênio 2023-2025, segundo informações do INCA (Insituto Nacional do Câncer) na publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil. As regiões Sul e Sudeste concentram cerca de 70% da incidência. 

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O câncer de fígado figura entre os 10 que mais acontecem na região Norte, em decorrência de infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. Na Região sul, é câncer de pâncreas que está entre os 10 mais incidentes. De acordo com o Instituto, os principais fatores de risco são o tabagismo e a obesidade.

Tumor maligno mais incidente no Brasil

O tumor maligno de pele não melanoma é o mais incidente no país, com 31,3% de casos. Em seguida, aparecem:

- Mama feminina (10,5%);

- Próstata (10,2%);

- Cólon e reto (6,5%);

- Pulmão (4,6%);

 - Estômago (3,1%).

Dois tipos de cânceres foram incluídos na lista dos mais incidentes no Brasil, subindo para 21 ao todo. Agora, fazem parte os de pâncreas e do fígado.

Em homens, câncer de próstata é o predominante em todas as regiões

Num total de 72 mil novos casos por ano até 2025, o câncer de próstata é o mais predominante entre os homens. Fica atrás apenas para o não melanoma.

Já os de cólon e reto surgem na segunda e terceiras posições em regiões que apresentam maior de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Naquelas de menor índice, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente entre a população masculina.

Câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres

Depois do de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres. São 74 mil novos casos previstos. Já nas regiões mais desenvolvidas, o câncer colorretal, surge logo em seguida. Nas de menor IDH, o câncer do colo do útero é o que ocupa essa posição.

Incidência por região (excluído o câncer de pele não melanoma)

Do total dos 704 mil novos casos de câncer a cada ano no País, neste triênio, 70% estão previstos para as regiões Sul e Sudeste. O momento, segundo a coordenadora de Prevenção e Vigilância do INCA, Liz Maria de Almeida, é de se pensar em estratégias eficientes para se combater o problema.

“Hoje, por exemplo, quando a gente diz ‘olha, nós temos que combater o sendentarismo’, precisamos avaliar se as pessoas têm locais em sua região para caminhar, para andar de bicicleta ou para fazer qualquer outro tipo de exercício; se a gente está falando do combater a obesidade, tem que ver como estamos discutindo com as populações locais os padrões de alimentação”, exemplificou a coordenadora, em entrevista publicada no site do instituto.

Como é feito o cálculo das estimativas do câncer no Brasil?

As estimativas de câncer no país se apoiam nas informações de incidência, que englobam casos recém-diagnosticados e que constam nos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP), alkém dos dados de óbitos obtidos pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). 

Ao usar a relação entre incidência e mortalidade, os especialistas usam modelos estatísticos estabelecendo, portanto, a predição mais precisa. 

“Esperamos que essas informações sirvam de subsídios não apenas para gestores, mas à conscientização de toda a população para a adoção de boas práticas de controle do câncer”, disse Ana Cristina Pinho, diretora-geral do INCA. “E que seja um estímulo a pesquisadores, profissionais de Saúde e gestores, comunicadores e para toda a sociedade.”

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*Com informações da página de notícias do Instituto Nacional do Câncer

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