Taioba: saiba benefícios da planta rica em ferro e vitaminas: "Remédio natural"
A planta se destaca por ser rica em fibras e vitaminas A e C. Além de um aporte de minerais, incluindo cálcio, ferro, magnésio, manganês, zinco e fósforo; saiba mais
O consumo de taioba está crescendo, impulsionado pelo sucesso das plantas alimentícias não convencionais (PANCs).
Embora ainda não seja tão fácil encontrá-las em estabelecimentos comerciais, as PANCs estão ganhando popularidade devido às suas qualidades nutricionais e apelo à sustentabilidade.
De acordo com o Metrópoles, no caso da taioba, a planta se destaca por ser rica em fibras e vitaminas A e C. Além disso, proporciona um significativo aporte de minerais, incluindo cálcio, ferro, magnésio, manganês, zinco e fósforo.
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Conforme a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA), 100 gramas de folhas de taioba conseguem suprir 25% da necessidade diária de ferro de um adulto.
O ferro desempenha um papel crucial no funcionamento do corpo, sendo essencial para a produção das células sanguíneas. A deficiência de ferro pode resultar em fadiga, cansaço excessivo e até mesmo levar a problemas graves como a anemia.
Segundo o Metrópoles, além de seus benefícios nutricionais, a taioba apresenta baixo teor calórico. Em 100 gramas de folhas cozidas, são apenas 46 kcal, enquanto a mesma quantidade de caule corresponde a 24 calorias.
TAIOBA COZIDA
As folhas da taioba têm fama de serem venenosas se não forem preparadas da maneira correta. Na realidade, requer um processo de cozimento devido ao sabor que pode causar sensação de travamento na garganta.
A nutricionista Matilde Alves, de Vitória (ES), esclareceu ao Metrópoles que “a verdura possui oxilatos de cálcio que são capazes de irritar a garganta”.
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Um cuidado essencial é distinguir a taioba comestível da taioba brava, pois a segunda variedade da planta é tóxica. Matilde destaca que a taioba brava possui talo arroxeado, enquanto a comestível apresenta talo verde.
Para incluir a planta à alimentação, a nutricionista sugere utilizá-la em preparações semelhantes às feitas com espinafre ou couve.
Uma recomendação é cozinhá-la na manteiga até que se desfaça, formando um creme que pode ser consumido junto com o arroz. Além disso, a taioba harmoniza bem com cogumelos, como shimeji, champignon e shitake.
ORA-PRO-NÓBIS
Sabe aquele mato que você arranca da calçada?
Ou aquela erva daninha que insiste em crescer no seu jardim?
Enquanto muitas pessoas jogavam essas plantas fora, cientistas brasileiros decidiram investigar suas propriedades e se surpreenderam.
O biomédico Lucas Zanandrez, do canal Olá, Ciência!, contou os segredos da ora-pro-nóbis, uma das plantas alimentícias não convencionais (PANCS) mais estudadas do mundo.
Você come ora-pro-nóbis ou já experimentou?
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De uns tempos para cá, a planta tem sido vista como um superalimento, sendo muito famosa e apreciada no Brasil.
Mas será que ela é tão bom quanto dizem por aí?
Para descobrir, o biomédico contou a história de várias plantas, incluindo o ora-pro-nóbis, que eram deixadas de lado, mas que pouco a pouco, os cientistas viram que ajudariam até contra a falta de alimentos mundial.
De acordo com o especialista, com o aumento drástico da população nas últimas décadas, aumentou a demanda por alimentos, mas mais do que isso.
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Era necessário encontrar alternativas que entregassem uma boa quantidade de nutrientes e que fossem mais sustentáveis.
Uma forma inteligente de fazer isso é procurar por alimentos em locais não convencionais, onde ninguém procuraria comida.
A ideia era encontrar plantas que tivessem valor nutricional, fossem seguras para consumo humano, mas que não fossem conhecidas pelo público como alimentos, nem mesmo produzidas em larga escala.
Com o tempo e a crescente descoberta de plantas comestíveis, foi necessário criar um termo para esses novos alimentos. Em 2008, o biólogo e professor Valdely Ferreira escolheu o nome PANC - Plantas Alimentícias não Convencionais.
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Hoje, no Brasil, existem mais de 3 mil espécies de PANCs que antes do termo ser criado, seriam simplesmente classificadas como mato ou ervas daninhas.
Enquanto os pesquisadores ainda estavam analisando o valor nutricional das PANCs, a gastronomia já começava a utilizar essas plantas como ingredientes exóticos para preparos.
Um exemplo é a taioba, que faz parte da receita de purê da chef Helena Rizzo.
O chef Alex Atala, dono de um dos restaurantes mais respeitados do mundo, também utiliza PANCs no menu há algum tempo, como o jambu, a beldroega e a ora-pro-nóbis.
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Andando pela rua, talvez você já tenha visto essas plantas.
E o mais incrível é que esses ingredientes de restaurantes chiques são, na verdade, plantas brasileiras muito fáceis de cultivar em casa, que por muito tempo, ninguém nem sabia que podia comer.
Mas vale a pena mesmo comer PANCs, como o ora-pro-nóbis?
Não só pode comer, como deve.
De acordo com Zanandrez, o primeiro nutriente encontrado em praticamente todas as PANCS, incluindo o ora-pró-nóbis, são as fibras.
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