Saúde

Calor pode provocar queda de pressão e levar à morte; saiba o que fazer

Crianças e idosos estão entre as pessoas mais suscetíveis ao efeito do calor, bem como pacientes com condições cardiovasculares; entenda

Redação Folha Vitória

Foto: Pixabay

Os dias quentes trazem consigo uma sintomatologia clássica: suor, desidratação e tonturas, que podem indicar um quadro de pressão baixa. 

O cardiologista Celso Amodeo, do Hcor, esclarece que a diminuição da pressão arterial em ambientes quentes ocorre devido à vasodilatação.

"Quando temos um excesso de calor, o organismo elimina essa alta temperatura por meio do suor e aumentando a dilatação dos vasos sanguíneos", afirma.

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O cardiologista André Gasparoto, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, acrescenta que a perda de líquidos, nem sempre compensada de maneira adequada, pode contribuir para casos de hipotensão.

Crianças e idosos estão entre as pessoas mais suscetíveis ao efeito do calor, bem como pacientes com condições cardiovasculares.

Isso ocorre devido à baixa ingestão de líquidos, causada por fatores como a eventual necessidade de assistência para o consumo, desidratação, intolerância à quantidade necessária de líquidos e descompensação de doenças preexistentes.

“Pessoas com padrões hemodinâmicos mais baixos, muito comum entre mulheres por já nascerem com essa tendência, ou devido ao excesso de peso, sedentarismo e flacidez muscular, tendo uma maior vasodilatação dos membros inferiores e apresentando pernas inchadas, possuem maior propensão à queda da pressão arterial”, acrescenta Amodeo.

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Além do aumento da temperatura ambiente e da desidratação, podem contribuir para a hipotensão fatores como o uso de roupas inapropriadas para o calor, exposição excessiva ao sol em horários mais intensos, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e alimentação inadequada.

Os sintomas desse quadro podem incluir tontura, visão embaçada, palpitações, dor no peito, desmaio, arritmias, AVC (acidente vascular cerebral) e, em casos extremos, podem levar até mesmo à morte.

O QUE FAZER DIANTE DA PRESSÃO BAIXA?

Os profissionais de saúde indicam que, ao identificar sinais de hipotensão, é necessário remover a pessoa do ambiente exposto ao sol e levá-la para um local mais fresco. Caso esteja consciente, é aconselhável oferecer água.

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Recomenda-se também deitar o paciente e elevar suas pernas em até 45º (posição de Trendelenburg), favorecendo a circulação sanguínea no cérebro.

"A ideia de colocar sal na boca não é a correta. A relação do sal com a pressão está associada ao seu uso crônico, e não com ingerir o sal pontualmente. Eu não terei um pico de pressão comendo sal. Ele vai reter líquido, expandir em maior volume e, cronicamente, sim, um quadro de hipertensão", esclarece o Amodeo.

Para evitar tais situações, os médicos recomendam manter a hidratação adequada e evitar a exposição solar, especialmente durante os horários mais críticos.

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Além disso, aconselham o uso de roupas apropriadas, de tons claros que não absorvam o calor, preferencialmente mais arejadas, e a adoção de uma dieta mais leve, evitando alimentos ricos em gorduras.

CALOR E BAIXA UMIDADE PODEM AGRAVAR OLHO SECO?

Foto: user18526052/Freepik

Que perigo!

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que a onda de calor extremo, que chegou ao Brasil antes do verão começar, continuará predominando até 17 de novembro. Pior: A estimativa da Organização Mundial de Meteorologia (OMM) é de que este ciclo climático se estenda até abril.

Os meteorologistas também afirmam que em 2024 a temperatura vai ser ainda mais elevada. O Inmet prevê para esta semana que diversas partes do Brasil entrem em estado de alerta. Isso porque a umidade do ar deve variar de 12 a 20%, e a temperatura permanecerá 5 °C acima da média, indicando alto risco para a saúde.

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O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, afirma que os olhos, pele e sistema cardiovascular são os mais afetados pelo calor intenso. Nos olhos, o principal efeito do calor é a síndrome do olho seco que afeta 24% dos brasileiros.

A síndrome, explica, é uma alteração na quantidade ou qualidade da lágrima que tem a função de lubrificar, oxigenar, alimentar e proteger a superfície dos olhos das agressões externas.

SINTOMAS E TIPOS DE OLHO SECO

Leôncio afirma que a lágrima é composta por três camadas: aquosa, lipídica e de mucina. Os sintomas do olho seco são:

visão embaçada;

sensação de areia nos olhos;

ardência, vermelhidão;

fotofobia.

Ele ainda pontua que a síndrome pode ser assintomática em 11% dos casos. Isso porque o hábito de beber pouca água pode causar uma pequena deficiência na produção da camada aquosa da lágrima. "Por ser a mais espessa, corresponde a 98% do filme lacrimal, uma redução pequena passa despercebida", explica.

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*Com informações do R7.