Saúde

Pesquisa da Ufes aponta falta de informações básicas entre gestantes do ES

A pesquisa foi feita em 45 municípios do Espírito Santo e contou com 368 grávidas entrevistadas, sendo que 118 já estavam no final da gestação

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Freepik - @our-team

Pesquisa feita pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) aponta a falta de informações sobre aleitamento materno e alimentação saudável das gestantes capixabas. 

O estudo foi realizado durante a pandemia e relata que o sistema de pré-natal carece de informações. 

A pesquisa foi feita em 45 municípios do Espírito Santo e contou com 368 gestantes entrevistadas, sendo que 118 já estavam no final da gestação. Constatou que 63,6% delas não receberam qualquer orientação sobre amamentação durante o pré-natal.

O projeto de mestrado, desenvolvido no Programa da Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), tem como objetivo avaliar o conhecimento materno das futuras mamães.

O estudo foi desenvolvido por Camila Bruneli do Prado e orientado pelos professores Luciane Bresciani Salaroli e Edson Theodoro dos Santos Neto.

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Os dados para o estudo foram coletados através de questionários online, enviados às gestantes através de links no WhatsApp, Facebook e Instagram. Não foram feitas perguntas sobre o Sistema Único de Saúde(SUS), por isso não houve distinção entre o sistema público ou particular durante a coleta de dados.

O que é aleitamento materno ? 

Consiste numa estratégia que busca prevenir a morte de crianças menores de 5 anos, já que o leite materno é um alimento completo, com nutrientes suficientes para a criança, e sendo mais fácil para a digestão. 

Além de alimentar a criança, o leite materno possui anticorpos capazes de proteger contra diversas doenças, como diarreia, alergias e infecções respiratórias. 

Segundo os especialistas, para a criança, o aleitamento materno reduz o risco de diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia e obesidade na vida adulta, favorece o desenvolvimento cognitivo e o desenvolvimento da face e da fala, bem como da respiração.

Para as mães fornece vantagens como proteção contra câncer de mama e diabetes tipo 2, além de fortalecer o vínculo entre mãe e filho, também segundo especialistas.

Sobre o assunto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou fomenta diversas estratégias que buscam promover, proteger e apoiar o aleitamento materno até os dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros 6 meses de vida.

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O que mães entrevistadas sabem sobre o aleitamento materno? 

- Revelou o desconhecimento ou falta de informações sobre as questões de saúde da mulher e do bebê.

- Durante o acompanhamento de pré-natal orientado pelo Ministério da Saúde, não foram fornecidas informações sobre o aleitamento materno.

- O tópico menos conhecido foi o de que há restrição ´para as pessoas que são HIV/HTLV positivo amamentarem.

- Apesar de não obterem informações suficientes sobre o aleitamento materno, cerca de 94,1% das entrevistadas tinham ciência acerca de tópicos sobre a sucção do bebê, o aumento na produção de leite e o tempo ideal de aleitamento materno exclusivo.

Para a pesquisa de alimentação saudável foi utilizado o guia "Dez Passos para Alimentação Saudável", do Ministério da Saúde, publicado no Guia Alimentar da População Brasileira.

- A pesquisa revelou que 78,5% das gestantes seguiam apenas de 3 a 5 passos.

- Só durante o pré-natal, as gestantes passam a ter conhecimento sobre a cartilha e seguir suas orientações.

- Após receberem as orientações, as grávidas começaram a aderir mais os passos 4 (limitar o consumo de alimentos processados), 5 (evitar o consumo de alimentos ultraprocessados) e 9 ( planejar as compras e refeições).

O estudo mostrou que há a necessidade de políticas públicas que forneçam informações básicas sobre a alimentação saudável e manuseio dos alimentos, além de afirmar que é possível contornar o problema quando se tem fontes ativas capazes de informar e orientar a população.

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