Saúde

Febre emocional existe? Entenda o poder da mente na causa de doenças

Entenda como o emocional pode impactar diretamente o corpo, causar sintomas físicos e até influenciar a febre

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Freepik @jcomp

A febre é um dos sintomas mais comuns e característicos do organismo humano em resposta a infecções, inflamações e outros distúrbios físicos. 

No entanto, um novo olhar para a saúde tem revelado que as emoções e o estado mental também desempenham um papel importante na manifestação de sintomas físicos, incluindo a febre. 

A ideia de que o emocional pode, sim, impactar o corpo, tem ganhado mais espaço tanto na psicologia quanto na medicina. 

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Mas será que a febre emocional realmente existe? E como o poder da mente influencia nas doenças humanas? Vamos explorar essas questões e entender como a saúde mental pode estar intimamente ligada aos sintomas físicos que experimentamos.

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O QUE É FEBRE EMOCIONAL?

A febre emocional, ou febre psicogênica, é um fenômeno em que o corpo registra um aumento na temperatura corporal sem uma causa física identificável, como infecção ou inflamação. Em vez disso, esse aumento de temperatura está relacionado ao estresse, à ansiedade ou a outros estados emocionais intensos. Muitas vezes, pessoas em situações de alta pressão emocional ou estresse constante relatam febres leves, acompanhadas de outros sintomas físicos, como dores de cabeça, cansaço e dores musculares, mesmo sem apresentar qualquer sinal de infecção ou doença física.

O termo "febre emocional" ainda é pouco conhecido fora dos meios médicos e acadêmicos, mas tem ganhado reconhecimento como uma resposta psicossomática — ou seja, uma manifestação física de algo que, na verdade, tem origem na mente. 

Esse fenômeno reforça a ideia de que mente e corpo estão profundamente conectados e de que fatores emocionais podem influenciar nossa saúde física de formas mais intensas do que imaginamos.

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COMO O ESTRESSE E A ANSIEDADE PODEM CAUSAR FEBRE?

O estresse e a ansiedade são reações naturais do organismo, porém, quando persistem por longos períodos, podem ter efeitos negativos na saúde. Em situações de estresse, o corpo libera hormônios como o cortisol e a adrenalina, que preparam o organismo para "lutar ou fugir" do perigo percebido. No entanto, quando essa resposta é ativada com frequência ou de maneira prolongada, ela começa a afetar o equilíbrio do corpo.

Estudos mostram que o estresse crônico pode causar uma série de sintomas físicos, incluindo dores no peito, palpitações, dificuldades respiratórias e, em alguns casos, febre leve. Isso ocorre porque o estresse afeta o sistema imunológico e também pode alterar a regulação da temperatura do corpo. Assim, um estado emocional alterado pode levar a picos de temperatura corporal, que são percebidos como uma febre leve.

Além disso, o estresse e a ansiedade aumentam a atividade do sistema nervoso simpático, uma parte do sistema nervoso responsável por controlar respostas automáticas, como a frequência cardíaca, a pressão arterial e, sim, a temperatura corporal. Em um estado de ansiedade, o sistema nervoso simpático pode "superaquecer" o organismo, provocando febre.

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O PAPEL DA MENTE NO DESENVOLVIMENTO DAS DOENÇAS

A conexão entre mente e corpo é amplamente estudada pela psicossomática, uma área da medicina que explora como fatores psicológicos e emocionais podem causar ou agravar sintomas físicos. 

Não se trata apenas de febre emocional, mas de uma gama de sintomas que vão desde dores de cabeça a problemas digestivos, dores crônicas e até doenças de pele.

Um exemplo é a úlcera gástrica, que pode ser agravada pelo estresse, ou a psoríase, cujas crises são frequentemente desencadeadas por situações emocionais intensas. Esses exemplos mostram que, quando não gerenciados, os estados emocionais podem criar um ciclo de retroalimentação com o corpo, agravando condições de saúde.

A mente pode ter tanto um papel positivo quanto negativo sobre a saúde física. Emoções positivas, como felicidade e calma, têm efeitos benéficos no sistema imunológico, fortalecendo a resistência do corpo contra doenças. 

Por outro lado, emoções negativas e o estresse crônico podem debilitar o sistema imunológico, deixando o organismo mais vulnerável a doenças e infecções.

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FEBRE PISCOSSOMÁTICA: UM FENÔMENO RECONHECIDO?

A febre psicossomática é um conceito que muitos médicos ainda estão começando a considerar com mais seriedade, embora o ceticismo permaneça em alguns círculos. Ela faz parte das chamadas "doenças psicossomáticas", que são manifestações físicas causadas por fatores psicológicos.

Estudos recentes têm dado mais peso à ideia da febre psicossomática. Algumas pesquisas indicam que, em situações de ansiedade extrema, indivíduos podem apresentar um aumento temporário de temperatura, mesmo que não exista infecção ou outra causa física identificável. 

Além disso, alguns profissionais de saúde relatam casos em que os pacientes apresentaram febre persistente até que os problemas emocionais ou de saúde mental fossem tratados. Ao tratar a origem emocional, a febre e outros sintomas físicos desapareceram.

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SINAIS E SINTOMAS DE UMA FEBRE EMOCIONAL

Para diferenciar uma febre causada por motivos emocionais de uma febre provocada por uma infecção ou outra condição física, é importante observar alguns sinais e sintomas comuns. A febre emocional geralmente:

Não apresenta sinais claros de infecção (como inflamação na garganta, tosse produtiva ou dor localizada).

A temperatura raramente ultrapassa os 38 graus Celsius.

Surge ou se intensifica em momentos de estresse, ansiedade ou tensão emocional.

Desaparece ou diminui com o descanso e práticas de relaxamento.

Caso esses sintomas estejam presentes, é recomendado procurar orientação médica, especialmente para descartar outras causas físicas e confirmar a relação entre o estado emocional e a febre.

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COMO CONTROLAR E FEBRE EMOCIONAL?

Se você suspeita que o estresse e a ansiedade estão causando febre ou outros sintomas físicos, há algumas práticas que podem ajudar a reduzir os impactos do emocional sobre o corpo:

Técnicas de relaxamento: A meditação, o yoga e a respiração profunda são práticas eficazes para reduzir o estresse e diminuir a resposta de "luta ou fuga" do organismo.

Psicoterapia: A terapia psicológica pode ajudar a identificar e gerenciar os gatilhos emocionais que provocam o estresse e a ansiedade.

Atividade física: Exercícios físicos ajudam a liberar endorfinas, que promovem uma sensação de bem-estar, reduzindo o impacto das emoções negativas no corpo.

Dormir bem: O sono adequado é essencial para o equilíbrio físico e mental. Durante o sono, o corpo se recupera e reorganiza as informações, o que ajuda a aliviar o estresse e a ansiedade.

Alimentação equilibrada: Nutrientes como ômega-3, vitaminas do complexo B e minerais como o magnésio têm efeitos positivos na saúde mental.

Essas estratégias não apenas ajudam a controlar os sintomas físicos, mas também promovem o bem-estar geral.

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