Saúde

Klebber Toledo diz que não gosta de dormir: veja impactos e causas da insônia

Em entrevista recente, Klebber Toledo declarou não gostar de dormir, gerando discussões sobre os efeitos da privação do sono e a importância do descanso

Foto: Reprodução

Durante uma recente entrevista, o ator Klebber Toledo gerou polêmica ao afirmar que não gosta de dormir e que, se não fosse por sua esposa, dormiria ainda menos. 

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O comentário, que soou casual e descontraído, provocou reações nas redes sociais, levantando um debate mais profundo sobre os impactos da privação do sono e a importância do descanso adequado para a saúde.

Klebber expressou sua frustração em relação ao tempo que passamos dormindo.

 “Pelo amor de Deus, pra que a gente tem que dormir? Olha o tempo que consome da nossa vida dormindo […] Não dá, não dá”, desabafou o ator. 

Ele mencionou ainda que sua esposa, a atriz Camila Queiroz, é responsável por garantir que ele tire um tempo para descansar. 

“Se não fosse ela, eu dormiria muito menos. A Camila me dá uma aterrada. ‘Vem pra cama, vamos deitar’. Porque se deixar, esquece.”

Apesar da leveza com que o assunto foi tratado, a fala do ator traz à tona um problema sério: a privação de sono e seus impactos na saúde física e mental. 

O sono é uma função biológica essencial para a regeneração do corpo e da mente, e sua falta pode desencadear uma série de problemas que vão desde alterações emocionais até complicações mais graves, como doenças cardiovasculares.

Foto: Netflix

PRIVAÇÃO DO SONO E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE

Dormir é um processo vital, responsável por restaurar o equilíbrio do corpo, consolidar a memória e regular uma série de processos fisiológicos. 

Quando o sono é insuficiente ou de má qualidade, as consequências podem ser devastadoras. Diversos estudos indicam que a privação de sono tem efeitos cumulativos, impactando progressivamente o bem-estar físico e mental.

Entre os principais efeitos negativos da privação de sono estão:

Comprometimento do sistema imunológico: A falta de descanso adequado enfraquece o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções e outras doenças.

Doenças cardiovasculares: A má qualidade do sono aumenta o risco de desenvolver problemas cardiovasculares, como hipertensão e doenças do coração.

Alterações de humor e saúde mental: Pessoas privadas de sono têm maior predisposição à ansiedade, irritabilidade e depressão. O sono desempenha um papel essencial na regulação do humor.

Redução da capacidade cognitiva: A falta de sono impacta a memória e a capacidade de concentração, prejudicando o desempenho em atividades do dia a dia.

Desequilíbrios hormonais e ganho de peso: A privação de sono está associada ao desequilíbrio dos hormônios da saciedade e da fome, aumentando a predisposição ao ganho de peso.

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Foto: Divulgação

BRUXIMOS E A QUALIDADE DE SONO

Entre as diversas causas da má qualidade do sono, o bruxismo — o ato involuntário de ranger ou apertar os dentes, geralmente durante a noite — é uma condição cada vez mais presente na sociedade contemporânea. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população mundial sofre de bruxismo, sendo que, no Brasil, esse índice atinge 40% da população adulta.

O bruxismo pode ser tanto causa quanto consequência de um sono de má qualidade. Essa condição frequentemente ocorre durante o sono leve, impedindo o indivíduo de alcançar os estágios mais profundos do sono, como o NREM 3 e o REM, fundamentais para a regeneração física e mental. 

A ausência dessas fases prejudica a produção de hormônios e a fixação da memória, comprometendo a saúde como um todo.

Além disso, o bruxismo também está associado a consequências físicas dolorosas, como dores de cabeça intensas, dores faciais e até mesmo a perda de dentes, sendo um problema que não deve ser ignorado.

Foto: Reprodução

A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO BRUXISMO

Segundo a cirurgiã-dentista Dra. Andrea Melo, PhD em odontologia, o bruxismo é uma condição que pode interferir na qualidade do sono e deve ser tratada com atenção. 

“Se você sente que a memória não está boa, esquece coisas corriqueiras, tem dificuldades para se manter acordado durante o dia, isso pode estar relacionado ao bruxismo ou à apneia relacionada ao bruxismo. Em ambos os casos, deve-se consultar um dentista especialista na condição”, explica a doutora.

O tratamento do bruxismo envolve um foco especial na qualidade do sono, como explica Dra. Andrea, que desenvolveu um método exclusivo para tratar a condição.

 “No meu método, iniciamos o tratamento com cuidados pré-sono. Realizamos a higiene do sono, ajustamos a alimentação e a suplementação para ajudar o paciente a alcançar um sono mais profundo.”

Dra. Andrea ressalta a importância de uma abordagem personalizada. 

“Fazemos ajustes na mordida e desenvolvemos uma placa personalizada que protege os dentes e pode ser útil até em casos de apneia do sono. Por isso, para cada caso, desenvolvemos um tipo específico de dispositivo. Além disso, realizamos um acompanhamento constante com o paciente, fazendo ajustes quando necessário.”

O tratamento eficaz do bruxismo pode não apenas melhorar a qualidade do sono, mas também minimizar os impactos negativos na saúde bucal e na saúde em geral, como dores musculares e alterações na mastigação.

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Foto: Reprodução/Freepik @drobotdean

COMO MELHORAR A QUALIDADE DO SONO?

Para além do tratamento específico para o bruxismo, algumas práticas podem contribuir para melhorar a qualidade do sono e garantir que o corpo e a mente recebam o descanso adequado:

Higiene do sono: Manter um ambiente adequado para dormir, como um quarto escuro, silencioso e com temperatura agradável, ajuda a melhorar a qualidade do sono.

Rotina regular: Manter um horário regular para dormir e acordar é fundamental para regular o relógio biológico.

Evitar estimulantes: Consumo de cafeína, álcool e uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir podem prejudicar o início do sono e sua qualidade.

Atividade física regular: A prática de exercícios durante o dia contribui para um sono mais profundo e reparador.

Laísa Menezes, repórter do Folha Vitória
Laísa Menezes

Repórter

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.