Klebber Toledo diz que não gosta de dormir: veja impactos e causas da insônia
Em entrevista recente, Klebber Toledo declarou não gostar de dormir, gerando discussões sobre os efeitos da privação do sono e a importância do descanso
Durante uma recente entrevista, o ator Klebber Toledo gerou polêmica ao afirmar que não gosta de dormir e que, se não fosse por sua esposa, dormiria ainda menos.
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O comentário, que soou casual e descontraído, provocou reações nas redes sociais, levantando um debate mais profundo sobre os impactos da privação do sono e a importância do descanso adequado para a saúde.
Klebber expressou sua frustração em relação ao tempo que passamos dormindo.
"Pelo amor de Deus, pra que a gente tem que dormir? Olha o tempo que consome da nossa vida dormindo [...] Não dá, não dá", desabafou o ator.
Ele mencionou ainda que sua esposa, a atriz Camila Queiroz, é responsável por garantir que ele tire um tempo para descansar.
"Se não fosse ela, eu dormiria muito menos. A Camila me dá uma aterrada. ‘Vem pra cama, vamos deitar’. Porque se deixar, esquece."
Apesar da leveza com que o assunto foi tratado, a fala do ator traz à tona um problema sério: a privação de sono e seus impactos na saúde física e mental.
O sono é uma função biológica essencial para a regeneração do corpo e da mente, e sua falta pode desencadear uma série de problemas que vão desde alterações emocionais até complicações mais graves, como doenças cardiovasculares.
PRIVAÇÃO DO SONO E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE
Dormir é um processo vital, responsável por restaurar o equilíbrio do corpo, consolidar a memória e regular uma série de processos fisiológicos.
Quando o sono é insuficiente ou de má qualidade, as consequências podem ser devastadoras. Diversos estudos indicam que a privação de sono tem efeitos cumulativos, impactando progressivamente o bem-estar físico e mental.
Entre os principais efeitos negativos da privação de sono estão:
Comprometimento do sistema imunológico: A falta de descanso adequado enfraquece o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções e outras doenças.
Doenças cardiovasculares: A má qualidade do sono aumenta o risco de desenvolver problemas cardiovasculares, como hipertensão e doenças do coração.
Alterações de humor e saúde mental: Pessoas privadas de sono têm maior predisposição à ansiedade, irritabilidade e depressão. O sono desempenha um papel essencial na regulação do humor.
Redução da capacidade cognitiva: A falta de sono impacta a memória e a capacidade de concentração, prejudicando o desempenho em atividades do dia a dia.
Desequilíbrios hormonais e ganho de peso: A privação de sono está associada ao desequilíbrio dos hormônios da saciedade e da fome, aumentando a predisposição ao ganho de peso.
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BRUXIMOS E A QUALIDADE DE SONO
Entre as diversas causas da má qualidade do sono, o bruxismo — o ato involuntário de ranger ou apertar os dentes, geralmente durante a noite — é uma condição cada vez mais presente na sociedade contemporânea.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% da população mundial sofre de bruxismo, sendo que, no Brasil, esse índice atinge 40% da população adulta.
O bruxismo pode ser tanto causa quanto consequência de um sono de má qualidade. Essa condição frequentemente ocorre durante o sono leve, impedindo o indivíduo de alcançar os estágios mais profundos do sono, como o NREM 3 e o REM, fundamentais para a regeneração física e mental.
A ausência dessas fases prejudica a produção de hormônios e a fixação da memória, comprometendo a saúde como um todo.
Além disso, o bruxismo também está associado a consequências físicas dolorosas, como dores de cabeça intensas, dores faciais e até mesmo a perda de dentes, sendo um problema que não deve ser ignorado.
A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO BRUXISMO
Segundo a cirurgiã-dentista Dra. Andrea Melo, PhD em odontologia, o bruxismo é uma condição que pode interferir na qualidade do sono e deve ser tratada com atenção.
“Se você sente que a memória não está boa, esquece coisas corriqueiras, tem dificuldades para se manter acordado durante o dia, isso pode estar relacionado ao bruxismo ou à apneia relacionada ao bruxismo. Em ambos os casos, deve-se consultar um dentista especialista na condição”, explica a doutora.
O tratamento do bruxismo envolve um foco especial na qualidade do sono, como explica Dra. Andrea, que desenvolveu um método exclusivo para tratar a condição.
“No meu método, iniciamos o tratamento com cuidados pré-sono. Realizamos a higiene do sono, ajustamos a alimentação e a suplementação para ajudar o paciente a alcançar um sono mais profundo.”
Dra. Andrea ressalta a importância de uma abordagem personalizada.
“Fazemos ajustes na mordida e desenvolvemos uma placa personalizada que protege os dentes e pode ser útil até em casos de apneia do sono. Por isso, para cada caso, desenvolvemos um tipo específico de dispositivo. Além disso, realizamos um acompanhamento constante com o paciente, fazendo ajustes quando necessário.”
O tratamento eficaz do bruxismo pode não apenas melhorar a qualidade do sono, mas também minimizar os impactos negativos na saúde bucal e na saúde em geral, como dores musculares e alterações na mastigação.
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COMO MELHORAR A QUALIDADE DO SONO?
Para além do tratamento específico para o bruxismo, algumas práticas podem contribuir para melhorar a qualidade do sono e garantir que o corpo e a mente recebam o descanso adequado:
Higiene do sono: Manter um ambiente adequado para dormir, como um quarto escuro, silencioso e com temperatura agradável, ajuda a melhorar a qualidade do sono.
Rotina regular: Manter um horário regular para dormir e acordar é fundamental para regular o relógio biológico.
Evitar estimulantes: Consumo de cafeína, álcool e uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir podem prejudicar o início do sono e sua qualidade.
Atividade física regular: A prática de exercícios durante o dia contribui para um sono mais profundo e reparador.