Saúde

Possível caso de doença da "vaca louca" é investigado em Minas Gerais

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou a suspeita, mas informou que não há confirmação da doença no estado

Enzo Bicalho Assis *Estagiário

Redação Folha Vitória
Foto: Freepik

Um idoso de 78 anos está internado com alterações neurológicas suspeito de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como “doença da vaca louca” no Casu Hospital Irmã Denise, em Caratinga, Minas Gerais. 

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou a suspeita, mas informou que não há confirmação da doença no estado. 

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Amostras do paciente foram colhidas e encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte, mas ainda não é possível confirmar nenhuma das hipóteses.

"A confirmação definitiva só é possível por meio de exame neuropatológico de fragmentos do cérebro, em caso de óbito", informa a SES-MG.

Segundo a Secretaria, o caso provavelmente trata-se de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) na forma esporádica, um tipo de encefalopatia espongiforme transmissível (EET) que não está relacionada à "vaca louca".

A DCJ é uma enfermidade neurodegenerativa que provoca perda de memória e tremores. Ela evolui rapidamente e costuma causar a morte do paciente em um ano.

A maioria dos casos se dá na forma esporádica (como a SES-MG acredita ser o caso em Caratinga) e geralmente afeta pessoas entre 55 e 70 anos. Ela também é mais comum em mulheres.

"A variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ) é que está associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (conhecida como Doença da Vaca Louca)", diz a nota da Secretaria.

A SES-MG também informou que acompanha o caso por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Minas) e da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desde os anos 2000, quando começou o monitoramento da doença da "vaca louca", o Brasil nunca identificou a forma mais tradicional da enfermidade, quando o animal é contaminado por meio da alimentação.