Saúde

Transtorno de personalidade antissocial: como reconhecer sinais em alguém

Saiba o que caracteriza o transtorno de personalidade antissocial, como reconhecer os sinais e quais são as opções de tratamento

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Freepik

Popularmente chamado de psicopatia ou sociopatia, o transtorno de personalidade antissocial (TPA) é um distúrbio psicológico caracterizado pela ausência de empatia, indiferença às normas sociais e pelo foco incessante em interesses próprios.

Pessoas que convivem com esse transtorno costumam agir sem levar em conta os sentimentos dos outros e demonstram grande habilidade em manipular situações para atingir seus objetivos pessoais.

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Os primeiros sinais de TPA costumam surgir na infância e adolescência. Nessa fase, comportamentos como faltar repetidamente à escola, mentir constantemente, destruir objetos e desrespeitar normas são frequentes. 

Em muitos casos, esses comportamentos se intensificam na vida adulta, levando a infrações mais graves, comportamento criminoso e violência. 

Pessoas com TPA apresentam dificuldades em lidar com frustrações, tornando-se agressivos ou violentos diante de situações desafiadoras. 

Mesmo experiências negativas ou punições raramente resultam em mudanças de comportamento, reforçando a persistência do transtorno. 

Outro aspecto característico é a ausência de culpa ou remorso, o que dificulta a percepção dos impactos de suas ações sobre os outros.

Capacidade de manipulação e falta de empatia

Embora pessoas com TPA apresentem falta de empatia, muitas vezes têm uma compreensão apurada das emoções alheias e usam essa habilidade para manipular os outros em benefício próprio. 

No entanto, nem todos os indivíduos com TPA se envolvem em crimes ou violência. Algumas pessoas conseguem se adaptar socialmente, alcançando inclusive sucesso profissional, embora continuem com padrões comportamentais manipuladores e irresponsáveis.

Diagnóstico do Transtorno de Personalidade Antissocial

O diagnóstico de TPA é realizado com base em critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM)

Segundo ele, é necessário que a pessoa tenha pelo menos 18 anos para receber o diagnóstico, com histórico de comportamentos antissociais desde os 15 anos.

Para um diagnóstico preciso, pelo menos três dos seguintes critérios devem ser atendidos:

- Desrespeito persistente às leis e normas sociais, com histórico de atos ilegais.
- Tendência a mentir, trapacear ou usar pseudônimos para ganho pessoal.
- Impulsividade e incapacidade de planejamento.
- Irritabilidade e agressividade, manifestadas em brigas ou ataques.
- Desrespeito pela própria segurança e pela segurança dos outros.
- Comportamento irresponsável constante, como incapacidade de manter um emprego estável.
- Ausência de remorso ao prejudicar ou maltratar outras pessoas, com indiferença ou racionalização dos atos.

Prevalência e tratamento do TPA

Estudos estimam que o transtorno de personalidade antissocial afete de 1% a 2% da população, sendo quatro vezes mais comum entre homens. 

Embora não haja cura para o TPA, o tratamento pode melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente. 

Entre as abordagens terapêuticas estão a terapia cognitivo-comportamental e o uso de medicamentos antipsicóticos e antidepressivos, que podem auxiliar na gestão de impulsos e comportamentos agressivos.

*Com informações do Catraca Livre

Este conteúdo foi produzido com o auxílio de ferramenta de Inteligência Artificial e revisado por editor do jornal