Saúde

Conheças as lesões que podem ser sinal de câncer de pele

O sol é uma das principais causas de câncer não melanoma, tumor maligno que mais atinge os brasileiros

Foto: Divulgação
Manchas que coçam, possuem coloração e crescem devem ser analisadas com urgência. 

As altas temperaturas no final do ano requerem cuidados redobrados com a pele para evitar os efeitos nocivos dos raios solares, uma das principais causas do aumento nos índices de tumores de pele entre a população brasileira. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de 180 mil novos casos de câncer de pele em 2018. O número corresponde a 33% de todos os casos de tumores malignos no Brasil.

Os melanócitos e queratinócitos (células da pele) são os principais envolvidos no processo de fotoproteção e, quando expostos ao sol, podem aumentar em número e tamanho. O câncer de pele ocorre quando há um crescimento anormal e excessivo dessas células que compõem a pele e pode ser de dois tipos: melanoma e não-melanoma.

De acordo com a médica, Juliana Alvarenga, oncologista clínica do Centro Capixaba de Oncologia (Cecon), unidade capixaba do Grupo Oncoclínicas, 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não-melanoma, um índice que está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol. Por isso, é preciso estar atento aos sinais de alerta.

“A exposição prolongada ao sol ao longo da vida é a principal causa desse tipo de câncer, mais comum em pessoas com mais de 60 anos. Se identificadas precocemente, essas lesões são facilmente retiradas mas, quando negligenciadas, elas podem crescer e precisam ser retiradas em cirurgias algumas vezes mutiladoras”, explica Juliana.

Os principais sinais e sintomas de câncer não-melanoma são a presença de manchas com crescimento rápido, que não cicatrizam, coçam, ardem, descamam ou sangram. Elas geralmente surgem em áreas muito expostas ao sol como rosto, pescoço, orelhas e braços.

Já o câncer de pele do tipo melanoma é mais raro e grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos). Diferentemente do câncer de pele não-melanoma, que é o mais frequente no Brasil, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. Seus sintomas são pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o “ABCDE”- Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro, Evolução.