Dia Internacional da Pessoa com Deficiência: histórias de empregabilidade e superação
O neurocientista Fabiano de Abreu diz que um deficiente pode ser melhor do que um não deficiente no mercado de trabalho
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o neurocientista, psicanalista e jornalista Fabiano de Abreu, que também é CEO de uma empresa de comunicação, explica como muitas vezes essas pessoas se superam e são excelentes profissionais.
"Essas pessoas compensam a deficiência sendo eficientes no que tem de melhor. Aprimoram mais o que não é deficiente para compensar e se posicionar na sociedade. Há também a plasticidade cerebral, provada cientificamente onde conexões reforçam regiões boas para um melhor desempenho e tentar melhorar as regiões danificadas. Faz parte da sobrevivência e é muito útil para aprimorar o que a pessoa tem de melhor compensando a região danificada.", explica Abreu.
Empregando pessoas portadoras de deficiência na sua empresa, Abreu conhece por dentro essa realidade.
Segundo o cientista, "em minha empresa tenho duas pessoas com deficiência, um com deficiência motora e outro com limitação intelectual. Ambos são dedicados, o com deficiência psicológica usa a criatividade de maneira excelente já que falha na cognição e o com dificuldades motoras escreve muito rapidamente e no tempo que consegue estar trabalhando já que costuma sentir dores, devido a sua doença, faz mais do que muitos que trabalham todo turno.".
Fabiano de Abreu é apologista de dar as oportunidades merecidas e superar preconceitos. Para o autor é inclusive muito importante os apoios que são dados às empresas em forma de incentivo à contratação.
"Eu acho interessante, inclusive, empresas que se beneficiam dos impostos por contratar pessoas especiais, não sou contra, até porque isso é necessário devido ao preconceito. Acho ainda que, pessoas portadoras de alguma característica especial que bem situadas em ambientes organizacionais adequados, tratarão resultados de excelência e eficiência.", concluí Abreu.