Saúde

Dor no pescoço? Conheça exercícios para aliviar e prevenir o problema

O desconforto, muitas vezes considerado comum tem afetado cada vez mais pessoas de todas as idades e também estilos de vida. Saiba como prevenir o problema

Ana Carolina Monteiro

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução/Freepik

Em meio a uma era cada vez mais tecnológica e caracterizada pela crescente dependência de dispositivos eletrônicos e um estilo de vida cada vez mais sedentário, um problema vem atingindo cada vez mais pessoas: a dor no pescoço

O desconforto, que é muitas vezes considerado comum, se destaca como um problema de saúde pública, afetando pessoas de todas as idades e também estilos de vida.

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A reportagem do Folha Vitória procurou entender as causas das dores no pescoço, os fatores de maior risco, o que o problema pode desencadear caso não seja tratado corretamente e em quais idades ele costuma ocorrer com mais frequência. 

Para isso, conversou com o fisioterapeuta José Ordenes. Veja o que o especialista disse sobre o assunto.

1. O que pode ocasionar as dores no pescoço?


R: Todas as dores na área musculoesqueléticas são de origem multifatorial, e na região do pescoço não é diferente, elas podem ser decorrente de tensão muscular a qual pode ser criada por estresse ou sobrecarga devido ao excesso de exercício físico.

Também pode ser decorrente de lesões como torcicolo ou traumas, e decorrente a condições degenerativas como a artrose cervical, bico de papagaio ou hernia de disco, mas vale lembrar que também o estresse psicológico e fatores ergonômicos também podem contribuir para a dor.

2. Dores no pescoço são comuns em qualquer época da vida?


R: As dores no pescoço são comuns em todas as faixas etárias, porém as causas tendem a variar. Em jovens, fatores como lesões esportivas e estresse muscular são mais prevalentes, enquanto em idosos, condições degenerativas e artríticas são mais comuns.

3. Muitas pessoas costumam ser acometidas pelo problema?


R: A dor no pescoço é uma queixa musculoesquelética frequente, afetando uma ampla parcela da população. Estudos indicam que a prevalência de dor no pescoço em adultos varia globalmente, sendo uma condição que afeta a qualidade de vida de muitos.

4. A dor, de maneira geral, é decorrente da coluna?


R: A dor no pescoço está frequentemente associada a problemas na coluna cervical, que pode incluir discos intervertebrais, articulações, nervos e músculos. Lesões ou condições degenerativas nesta área podem causar dor.

5. Fortalecer as costas ajuda a prevenir dores no pescoço?


R: Exercícios de fortalecimento e alongamento para o pescoço e as costas são essenciais na prevenção de dores. Eles ajudam a manter a saúde muscular e articular, contribuindo para a funcionalidade adequada da coluna cervical.

6. Celulares contribuem para o aumento do problema entre a população? Inclusive mais jovem?


R: O uso prolongado de dispositivos móveis pode contribuir para o surgimento de dores no pescoço, especialmente entre os mais jovens. A tensão muscular devido à manutenção prolongada de uma posição pode ser um fator contributivo.

Dicas de exercícios para prevenir dores no pescoço

Embora medidas de prevenção sejam importantes para evitar o problema, a intervenção profissional também desempenha um papel crucial para o bem-estar. Por isso, indivíduos que experimentam dor constante no pescoço devem procurar a orientação de médicos, fisioterapeutas ou especialistas em dor para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

"Recomenda-se exercícios que promovam a flexibilidade e o fortalecimento dos músculos do pescoço e das costas. Exercícios como rotações e inclinações cervicais, e fortalecimento da musculatura escapular e do ombro são benéficos", explica José Ordenes.

Tratamentos
para alívio das dores

Segundo o fisioterapeuta, antes de iniciar o tratamento para a dor no pescoço é preciso avaliar os pacientes dentro de suas individualidades e queixas. Para isso, é necessário passar por uma avaliação clínica detalhada.

"Opções incluem fisioterapia com técnicas de terapia manual, exercícios terapêuticos, tratamentos com calor, e em alguns casos, medicações para alívio da dor. A abordagem deve ser personalizada e baseada nas melhores evidências disponíveis", finaliza.

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