É quase verão! Saiba como usar o protetor solar e evitar o câncer de pele
Muito comum entre os brasileiros, com 33% de todos os diagnósticos de câncer no país, a doença tem mais de 90% de chance de cura, quando descoberta no começo
Faltando poucos dias para a estação mais quente do ano começar, é hora de se preparar para a temporada de sol forte e calor intenso. Com a chegada do verão, na sexta-feira (22), surge também a necessidade de aumentar os cuidados para prevenção de queimaduras solares e os riscos do câncer de pele.
Muito comum entre os brasileiros, com 33% de todos os diagnósticos de câncer no país (185 mil novos casos por ano) tem mais de 90% de chance de cura, quando descoberta no começo.
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Segundo especialistas, a exposição excessiva ao sol, sem proteção adequada, é um dos principais fatores de risco para a doença. Médica oncologista, Juliana Alvarenga Rocha alerta sobre a importância da prevenção e dá dicas para criar alguns hábitos importantes.
- Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;
- Use filtro solar com fator de proteção 30, no mínimo, antes de se expor ao sol. É necessário reaplicar a cada 2 horas, mesmo os produtos “à prova d’água”;
- Não descuide dos lábios: use filtro solar próprio para eles;
- Tatuagens podem esconder lesões, por isso, merecem atenção;
- Nas atividades ocupacionais, pode ser necessário reformular as jornadas de trabalho ou a organização das tarefas desenvolvidas ao longo do dia;
“O câncer de pele ocorre quando as células se multiplicam sem controle e podem ser classificados em melanoma, com origem nas células produtoras da melanina e não melanoma, mais frequente no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no País”, afirma Juliana.
Tratamentos do câncer de pele
O tratamento mais indicado para o câncer de pele e retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser feita sem internação, é a cirurgia.
Para situações mais avançadas e no contexto do melanoma, a abordagem terapêutica é adaptada com base no tamanho e estágio do tumor. Além da cirurgia, tratamentos como radioterapia e quimioterapia podem ser recomendados, dependendo das características específicas de cada caso.
Vale destacar que, no caso das manchas malignas surgirem em mucosas e tecidos na região de cabeça e pescoço ou couro cabeludo (na pele da face), a remoção deve ser feita por um cirurgião especializado em procedimentos nesta área do corpo.
“Após avaliar o tipo e tamanho do tumor, além do quadro clínico do paciente, o cirurgião decide qual é o tipo mais adequado de cirurgia a ser feita”, afirma Marco Homero de Sá, cirurgião de cabeça e pescoço.
Crioterapia
Algumas pessoas costumam questionar o motivo da cirurgia para remoção da lesão seja feita ou acompanhada por um cirurgião plástico. A médica Patricia Lyra, especialista nesta área e coordenadora do Programa de Assistência Dermatológica e Cirúrgica ao Câncer de Pele, da Ufes, lembra que para lesões pré-cancerígenas, a crioterapia é uma boa alternativa.
“Essa técnica consiste no uso de nitrogênio líquido aplicado diretamente no tumor para congelar e destruir as células anormais. Após o tratamento, o local apresenta uma casca, levando algumas semanas para cicatrizar”, esclarece Patricia.
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