VÍDEO | Gêmeos de Colatina completam 2 meses e já teve até banho de banheira
Os bebês nasceram no dia 1° de outubro e seguem se desenvolvendo em UTIs Neonatais. "Estou cada vez mais ansiosa para que eles venham para casa", diz a mãe
"Estou muito feliz! Agradeço muito a Deus por terem chegado até aqui e estou cada vez mais ansiosa para que eles saiam do hospital e venham para casa".
Foi assim que Quezia Romualdo, de 29 anos, mãe dos gêmeos de Colatina, definiu a emoção de ver os filhos Théo, Henry, Lucca, Maytê e Eloá, completarem o segundo mês de vida.
Os bebês nasceram no dia 1° de outubro e desde então, seguem se desenvolvendo em Unidades de Terapia Neonatal (UTI) de dois hospitais particulares, um na Serra e outro em Colatina. A gestação de Quezia durou 27 semanas e um dia.
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Na última terça-feira (28) de novembro, Lucca, um dos bebês, tomou banho de banheira pela primeira vez.
"Eu não participei pessoalmente do primeiro banho do Lucca, porque estava em Vitória visitando o Theo, a Maytê e o Henry no hospital. As meninas da enfermagem registraram tudo e me mandaram várias fotos. Inclusive essa (a que abre a reportagem) tão linda e muito gostosa. Elas disseram que ele não chorou, que gostou bastante do banho e que terão muitos outros banhos", contou Quezia, toda orgulhosa.
Logo cedo, Quezia fez uma publicação em uma rede social agradecendo pela evolução dos filhos e a expectativa da alta hospitalar.
"E hoje estamos muito felizes que os bebês estão completando dois meses. É uma vitória muito grande, uma conquista. Somente agradecer ao Senhor por tudo. Por essas bênçãos em nossas vidas. Que cada dia mais eles possam evoluir, desenvolver. Deus abençoe a saúde dos meus filhos cada dia mais. E brevemente, em nome de Jesus, todos os cinco vão estar em casa", falou durante o vídeo.
Matheo, um dos sêxtuplos, faleceu cinco dias depois, no início da madrugada do dia 6 de outubro.
60 dias de aprendizado e superação
Para conseguir se desenvolver, ganhar peso e respirar sozinhos, os bebês contam com o apoio de vários profissionais que compões as equipes médicas das UTIs.
“Primeiro tinha a preocupação com o bem-estar da mãe, com a cirurgia correr bem, as crianças receberem todo o suporte adequado. Depois foi a questão cardíaca. Passou mais uma semana, era questão de necrose de intestino e a nutrição. Depois vem o risco de sepse, do bebê pegar alguma infecção. Foi sempre um desafio, mas a equipe esteve e está sempre muito focada em oferecer o melhor atendimento”, pontua a médica Júlia Mattedi, diretora técnica do São Bernardo Apart Hospital, em Colatina.
Atualmente, apenas Theo apresenta um quadro de saúde mais delicado e considerado grave. Os rins não funcionam de maneira correta e, por esse motivo, o bebê precisa ser submetido a diálise peritoneal.
O tratamento é feito com o suporte de um filtro natural, substituindo a função dos órgãos. Além disso, ele respira com a ajuda de ventilação mecânica invasiva.
Assim como Theo, Maytê e Henry também estão na Utin do Vitória Apart, na Serra. O quadro é estável e seguem ganhando peso. Ambos respiram com auxílio de Cpap, recebem alimentação por sonda com a quantidade de volume de leite adequada para a idade.
Aprendendo a mamar
Já em Colatina, além do primeiro banho de banheira, Lucca começou a treinar sucção com a fonoaudióloga. O objetivo é que ele consiga mamar tranquilamente. Apesar de ainda não haver uma data definida para a alta, a expectativa é que ela aconteça em breve.
“O Lucca está indo muito bem, mas ele ainda precisa de suporte de oxigênio - via cateter nasal -, para respirar. Ele está desmamando do oxigênio aos poucos”, disse Júlia.
Eloá não precisa de aparelhos para respirar. Recebe apenas suplemento de oxigênio via cateter nasal. O estado clínico dela é considerado estável. A evolução é boa.
A médica explicou ainda o que é avaliado antes da alta: “Só vai embora depois de 2kg, respirando sem suplemento nenhum de oxigênio, mamando bem e sem uso de antibiótico. Lembrando que cada bebê tem sua individualidade, podendo precisar de maior ou menor suporte para alta hospitalar”.
Família precisa de doações
A família dos sêxtuplos mora em Colatina e, como três dos gêmeos estão internados em um hospital da Grande Vitória, os pais precisam estar sempre viajando. Os gastos vêm aumento consideravelmente. E ainda tem o quarto dos bebês que não está concluído.
"Faltam alguns detalhes. Temos, sim, recebido muitas doações. Mas, precisamos de mão de obra para os últimos ajustes da obra da casa. Não é só o quartinho deles. Precisamos fazer adaptações e aumentar a casa para recebê-los. Toda ajuda é muito bem-vinda", lembra Quezia.
Quem quiser e puder ajudar com doações, basta fazer contato pelo telefone de Quezia: (27) 99654-4191. Para doações em dinheiro, o PIX é o mesmo número.
O CRESCIMENTO DOS BEBÊS NOS ÚLTIMOS 60 DIAS
Peso e tamanho dos bebês ao nascer
* Théo: nasceu com 1.030g / 38 cm - agora está com 2.110g / 38 cm
* Matteo: nasceu com 875g / 36 cm
* Henry: nasceu com 820g / 34 cm - agora está com 1.624g / 42 cm
* Maytê: 950g / 33 cm - agora está com 1.598g / 42 cm
* Lucca: nasceu com 800g / 35 cm - agora está com 2048g / 43cm
* Eloá: 635g / 31 cm - agora está com 1670g / 41cm
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