Saúde

Nova técnica de implante mamário permite que paciente tenha alta 5 horas após a cirurgia

Conjunto de ações adotadas no pré, trans e pós-operatório, juntamente com uma avaliação médica, podem gerar um tempo menor de repouso.

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Para muita gente o pós-operatório da cirurgia é mais difícil do que passar pelo procedimento em si. Mas, este momento promete ser reduzido (pelo menos para alguns pacientes) já que uma técnica que tem sido aplicada em diversas cirurgias e, mais recentemente, na cirurgia de prótese de mama, tem reduzido o tempo de recuperação.

O “fast track recovery” funciona por meio de uma série de padronizações que resultam em um pós-operatório com menos dor e o retorno às atividades em menos tempo. Desta forma, a paciente pode ser liberada no mesmo dia da cirurgia, entre quatro ou cinco horas, após o implante mamário. Com esta técnica, o cirurgião plástico pode realizar exercícios para orientar corretamente a movimentação dos braços, ainda no hospital, que devem ser mantidos diariamente, mesmo em casa.

Foto: Elo Comunicação
Cirurgião plástico Fabrício Regiani. 

De acordo com o cirurgião plástico Fabricio Regiani nem todo mundo é candidato a fazer esta técnica. “Primeiro é preciso fazer uma consulta médica, em que é feita uma avaliação e, dependendo do que é constatado e da vontade do paciente, a gente pode indicar ou não esse tipo de cirurgia. São diversos detalhes adotados em conjunto no pré, trans e pós-operatório. O procedimento é uma tendência, até pelo fato das pessoas terem menos tempo para se ausentar do trabalho, interromper as suas atividades para poder fazer uma cirurgia”, comenta.

O procedimento foi criado pelo médico americano John B. Tebbets, em 2002, e se espalhou por várias partes do mundo. “Clinicamente a utilização desta técnica vai se traduzir para as pacientes num pós-operatório mais tranquilo, com menos dor, menos limitações e com ganhos secundários no médio e longo prazo em relação ao resultado. E, muitas vezes, nós operamos uma paciente na sexta-feira e na segunda-feira ela volta a trabalhar, dependendo do tipo de atividade que ela exerce e da rotina que leva. Mas, é algo que é bem factível”, diz.