A degeneração da mácula é um problema que afeta os olhos e que está relacionado à idade. Trata-se de uma doença ocular que não tem cura, e surge pelo desgaste da parte central da retina, responsável pelo registro das imagens.
De acordo com o oftalmologista, Renato Vieira Gomes, o olho funciona como uma máquina fotográfica, e é como se a retina, o fundo do olho, fosse o filme dessa máquina. A mácula é o centro da retina.
Quando uma pessoa sofre de degeneração macular, é como se o centro da visão dela estivesse sofrendo um envelhecimento mais rápido, degradando a visão. O problema pode se manifestar de duas formas:
Seca: onde a mácula vai atrofiando;
Úmida: é quando se tem vazamento de líquido, sangramentos e edemas.
Nos casos em que o problema acontece na forma úmida, existe um tratamento mais específico que é feito com um tipo de medicamento que é injetado dentro do olho. O especialista disse que chegou ao Brasil um novo medicamento que está sendo utilizado e traz mais conforto aos pacientes, que é o Vsiqq.
“É uma medicação que não é disponibilizada no SUS, nem é vendida em farmácia. É de uso hospitalar. El é injetada direto dentro dos olhos, por isso este cuidado de ser administrada em ambiente hospitalar. Além da degeneração da mácula ela também pode ser administrada para outros processos de sangramento do fundo do olhos, mas incialmente está sendo utilizada para a degeneração da mácula mesmo”, disse o oftalmologista.
Ainda de acordo com o médico do Hospital de Olhos de Vitória, “esse tratamento evoluiu muito nos últimos 15 a 20 anos e essa medicação é a mais nova lançada no mercado. Já é utiliza nos EUA e Europa há uns três anos, foi autorizada para ser utilizada no Brasil no início do ano, mas por conta da pandemia só chegou este mês”, explicou.
A expectativa é muito boa por ser uma medicação com maior potência do que as as já disponíveis para o mesmo fim.
“Por este motivo podemos dar um intervalo maior. As medicações que já estão disponibilizadas no mercado nós trabalhamos com intervalos de 30 a vezes até 60 dias, entre uma dose e outra, com esta nova esperamos um intervalo de três meses ou mais, mas é claro que isso depende de cada paciente, este tempo é uma média”, informou Renato.
O benefício é um resultado mais estável e maior conforto para o paciente, pensando no médio e longo prazo. É um tratamento em que fazendo menos injeções, o olho é menos agredido e o resultado de estabilidade visual é melhor. Segundo Renato, esta é uma medicação nova que começou a ser utilizada no Estado pela primeira vez.