Devido a sua fundamental importância para a manutenção da saúde, o intestino passou a ser chamado de segundo cérebro por muitos especialistas. Mas, para garantir que ele funcione corretamente, gerando impactos significativos em diferentes aspectos do corpo e evitando o surgimento de doenças, é preciso garantir que ele seja bem nutrido por meio de uma alimentação balanceada.
De acordo com a nutricionista do Viver Bem, da Unimed Vitória, Dalyla Formagine, mesmo em meio à correria do dia a dia é possível adotar uma alimentação que melhore o equilíbrio intestinal. E não se trata apenas de inserir novos alimentos, mas também de retirar alguns deles.
“Na correria do dia a dia é comum optarmos por alimentos mais práticos e rápidos. Uma dica é evitar alimentos à base de farinha branca, como biscoitos e excesso de pães. Alimentos ultraprocessados (salsicha, salaminho, suco de caixinha e pacotinho, temperos prontos) também aumentam a inflamação intestinal”, explica Dalyla.
Em contrapartida, à medida que o consumo desses alimentos é reduzido, opções mais saudáveis podem ser introduzidas na alimentação diária de forma descomplicada.
“Aposte em alimentos mais simples, como frutas, farelos de aveia, pães mais integrais e caseiros, ovos e iogurte natural (sem açúcar e muitos conservantes), que, além de práticos, fortalecem nosso intestino, uma vez que são fontes de fibras, vitaminas, minerais, proteínas e probióticos”, indica a nutricionista.
Outra dica importante para a saúde intestinal é a hidratação. “Tenha uma garrafinha de água sempre por perto, a água melhora a motilidade e absorção intestinal.”
Saúde do intestino interfere na pele e na qualidade do sono
Segundo Dalyla, no intestino há uma variedade de microrganismos, que formam a microbiota intestinal. Ela tem funções cruciais para o organismo, como a de proporcionar equilíbrio (a chamada homeostase), regular o trato digestivo, absorver nutrientes e fortalecer o sistema imune. Por isso, um intestino saudável influencia até mesmo na saúde e na viscosidade da pele.
Além disso, é no intestino que são produzidos neurotransmissores, como a serotonina. São esses hormônios que influenciam no humor, na disposição, nas funções cognitivas e também na qualidade do sono das pessoas.
“Quando esse ambiente entra em desequilíbrio, a chamada disbiose, seja por alteração alimentar, medicamentosa ou ambiental, a barreira intestinal se enfraquece e deixa o intestino mais exposto às bactérias patogênicas. Isso aumenta a produção de toxinas, deixando o corpo mais inflamado”, conta Dalyla.
A nutricionista acrescenta: “Esse equilíbrio intestinal é muito favorecido com o uso de alimentos naturais. Uma alimentação rica em vegetais, fibras e gorduras boas, favorece o bom funcionamento do intestino, deixando-o propício para absorção de nutrientes”.