Já ouviu falar que pessoas com olhos claros são mais propensas a desenvolverem câncer de olho? A oncologista Carolina Conopca, explica o porquê: “Olhos claros, como azuis e verdes são mais sensíveis às agressões provenientes da luz quando comparados com o castanho, por exemplo. Portanto, podem desenvolver mais manchas com uma possibilidade maior de mutações, que levam ao desenvolvimento de tumores”, esclarece.
A especialista aproveita para destacar os dois tipos de cânceres de olho mais comuns nos adultos:
Melanoma de coroide
“Tumor maligno que afeta a área entre a retina e a parte esbranquiçada do globo ocular. Pessoas brancas, de olhos claros e aquelas que possuem pintas no fundo do olho são as que têm maior predisposição ao problema”, conta.
No geral causa visão embaçada conforme se desenvolve. E o tratamento consiste na aplicação de placa radioativa que age diretamente no tumor. Contudo, em casos mais graves, a retirada do globo ocular se faz necessária.
Linfoma intraocular
“Apesar de mais raro, é o tumor mais agressivo, já que tem origem nas células do sistema imunológico. Em geral, afeta ambos os olhos e frequentemente está associado a linfomas no cérebro”, informa a especialista.
Visão embaçada, vermelhidão e inchaço no olho e manchas na visão são sintomas que podem ser observados nesse caso. Normalmente, o tratamento é feito com quimioterapia e radioterapia, podendo a primeira ser feita diretamente no olho, por meio de uma injeção na região.
“O único fator de risco conhecido para o linfoma intraocular é estar com o sistema imunológico enfraquecido. Como por exemplo, pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) e pessoas que tomam medicamentos antirejeição após transplantes de órgãos”, explica.
Prevenção
É importante ressaltar que uma forma de prevenção do câncer de olho é evitar ficar muito tempo exposto ao sol. “A exposição solar pode piorar a situação das manchas oculares ou até mesmo estimular o desenvolvimento delas. Além disso, é preciso visitar regularmente um oftalmologista de confiança, pois o diagnóstico da doença é feito com exames de rotina”, finaliza a oncologista.
