Um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), com dados fornecidos pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Estado (Lacen/ES), analisou pacientes infectados pelo coronavírus e comprovou a existência de cinco variantes em território capixaba.
As mutações do vírus já eram esperadas pelos especialistas, no entanto, o que pode causar um problema é a mudança do corpo do Sars-Cov 2 – chamado RDB do vírus, o principal alvo das vacinas em uso. Dessa forma, a comunidade médica e científica se preocupa com as mudanças genéticas que podem fazer com que os anticorpos percam força ao neutralizar o vírus.
A oncologista Carolina Conopca, comenta sobre as maiores chances de transmissão das variantes e o perigo da contaminação da população, principalmente, das pessoas acometidas pelo câncer.
“O pior pico da pandemia, que vivemos atualmente, se dá pelas variantes que têm surgido e pela precariedade no cumprimento das medidas de segurança que facilitam o contágio. Mesmo que não tenha sido provada maior gravidade nas mutações descobertas até então, os pacientes oncológicos devem redobrar a atenção e os cuidados de higiene, pois sabe-se que o coronavírus gera agravamentos que necessitam de internações e, em caso de pessoas do grupo de risco, pode ser letal”, ressalta a médica.
Os cuidados devem continuar
Ainda segundo a oncologista, os cuidados básicos de higiene são ferramentas essenciais para evitar o contágio entre as pessoas. “Manter o isolamento físico ainda é a medida mais segura e assertiva para barrar a contaminação em massa. Por isso, a população deve se manter em casa e, caso precise se deslocar, é necessário manter o distanciamento e fazer uso da máscara e álcool gel. Esses cuidados são simples, mas devem ser seguidos rigorosamente, para que haja menor infecção de pessoas pelo coronavírus e suas variantes”, reforça.