
Giovanna Borielo, do R7*
Adulto pode passar sapinho ao beijar crianças?
Sim. A pediatra Maria Inês Nantes, do hospital São Luiz, afirma que pais que têm o costume de beijar o bebê podem transmitir o fungo, o mesmo que provoca a candidíase. O fungo também pode fazer parte do próprio organismo do bebê e se manifestar quando sua imunidade estiver baixa.
O sapinho pode parecer resquícios de leite?
Sim. A pediatra explica que o sapinho aparece dentro da boca, na língua, parte interna das bochechas e céu da boca e possui a aparência de manchas brancas superficiais. Maria Inês afirma que, para diferenciar o sapinho de resquícios de leite, basta dar um pouco de água para o bebê ou limpar sua boca com a fralda de pano. Se a mancha não sair, é sapinho.
Chupetas e mamadeiras podem transmitir o sapinho?
Sim. Maria Inês explica que o fungo gosta de viver em lugares úmidos e, se os acessórios não forem bem lavados e não ficarem bem secos, o fungo pode aparecer na boca do bebê. Outro lugar que a pediatra afirma que pode ter contaminação é nas genitais, já que a fralda fica quente e úmida pelo xixi, causando um quadro de dermatite.
Como diferenciar sapinho, afta e herpes labial?
A médica explica que o sapinho é um fungo que se manifesta por meio de uma mancha branca superficial e aparece no interior das bochechas, língua e céu da boca. Já a afta, um lesão sem causa definida, é uma ferida que causa desconforto e tem formato arredondado pequeno e é causada por machucados, aparecendo na língua, bochechas e gengivas. A herpes labial, diferentemente das outras condições, é ocasionada por um vírus e costuma ocorrer por fora da boca, próxima aos lábios e se manifesta por meio de feridas. A dor é pulsante.
Dá pra pegar sapinho por provador de batom ou copos mal lavados?
Sim. Os copos, por exemplo, se forem usados por pessoas contaminadas e não forem bem lavados, mesmo se estiverem bem secos, podem transmitir o sapinho. O mesmo ocorre com os batons, se usados por pessoas infectadas. A umidade do batom favorece a transmissão.
Sapinho pode ser transmitido na amamentação?
Não. O que pode acontecer é o bebê estar infectado e, ao mamar, passar o fungo para o bico do seio da mãe, que sentirá irritação na área. Se o sapinho for tratado apenas no bebê e não no seio, haverá reincidência do fungo na boca da criança. A pediatra afirma que é importante fazer o tratamento e alerta que a via de administração não é a mesma para os dois — para o bebê, a administração é por via oral, por meio de medicamento líquido, e na mãe, o tratamento é feito por cremes locais.
Se não tratado, o sapinho pode causar doenças futuras?
Não. A médica afirma que o fungo causará apenas desconforto ao bebê, que pode não se alimentar de maneira adequada por conta da dor. O sapinho deve ser tratado com antifúngico, utilizado pelo tempo determinado pelo médico para que não haja reincidência. Embora apresente melhora em quatro dias, o tempo de tratamento é de duas semanas.
Bicarbonato de sódio pode ser usado para tratar o sapinho?
A pediatra orienta que o tratamento seja feito com o antifúngico adequado, pois o bicarbonato, se não for bem diluído em água, pode causar feridas. O bicarbonato, se utilizado, deve ser bem diluído para limpar a área, apenas.
Sapinho é a primeira micose que uma pessoa terá na vida?
Geralmente, sim. O sapinho é uma manifestação comum em bebês e de fácil aquisição, por conta da umidade mais frequente nos acessórios usados. A pediatra afirma que, dificilmente uma criança de 3 anos terá sapinho, mas o contágio é possível