Você já ouviu falar em paralisia do sono? O problema é benigno, comum em pessoas adultas, mas também pode acometer crianças. A paralisia é um transtorno do sono que ocorre logo após acordar ou no momento em que se está tentando adormecer. Ela impede o corpo de se mexer, mesmo quando a mente está acordada, gerando um sentimento de angústia profunda.
A médica e especialista em Medicina do Sono, Jéssica Polese, explica que durante o transtorno a pessoa está com os olhos abertos, consciente, mas impossibilitada de se movimentar, como se perdesse o controle sobre o próprio corpo.
“Os músculos ficam estáticos, as pessoas geralmente entram em pânico, muitas acham que vão morrer e ninguém poderá ajudar. Mas, é preciso que a pessoa tenha calma, tente movimentar os olhos, fazendo movimentos de um lado para o olho com a visão, isso faz com que ela ganhe mais tempo e os músculos retomem as atividades”, disse Jéssica.
A paralisia acontece porque durante o sono o cérebro na tentativa de conservar energia, relaxa todos os músculos do corpo e os mantém imóveis. Porém, quando acontece um problema de comunicação entre os sistemas do corpo durante o sono, o cérebro pode demorar para devolver o movimento ao organismo, originando um episódio de paralisia do sono.
Após uma crise é comum as pessoas apresentarem sudorese, ataque cardíaca e estresse. A paralisia pode estar relacionada a algumas doenças neurológicas e a narcolepsia. “Pessoas que tem a paralisia do sono, apresentam crises poucas vezes na vida e isso é comum, não é preciso pânico. A crise dura poucos minutos, não apresenta riscos a saúde quando acontecem de forma isolada. Só é prejudicial quando ela é sintoma de alguma outra doença, que precisa ser tratada”, explicou a médica.
Jéssica Polese comenta que a crise não tem época ou dia para ocorrer, elas podem acontecer em um dia que foi tranquilo para uma pessoa, ou após um dia estressante. Porém alerta que o uso de drogas ou medicações, como sedativos e antidepressivos, também podem desencadear a paralisia do sono.
Sintomas
– Impossibilidade de mover o corpo estando supostamente acordado;
– Sensação de angústia e medo;
– Alucinações visuais e auditivas;
– Sensação de falta de ar e de afogamento.