Saúde

Perda do olfato é um dos sintomas frequentes do coronavírus

Em 90% dos casos, os pacientes recuperam o olfato em duas semanas

Foto: Divulgação

A anosmia, perda total ou parcial do olfato, é um dos sintomas mais frequentes da infecção pelo coronavírus. Existem, no entanto, uma série de dúvidas acerca do assunto: o fato de que cerca de 80% dos infectados na Europa apresentaram o problema, enquanto na China o número é pouco expressivo.

O Dr. em ciências Vivaldo José Breternitz, explica que o sintoma começou a ser percebido e mais bem observado na Alemanha. “Embora os estudos até agora realizados não tragam muitas certezas, parece que em Wuhan, na China, onde a pandemia tomou corpo, apenas 5% dos pacientes foram afetados e com apenas perda parcial do olfato, a chamada hiposmia”.

De acordo com o cientista, há várias hipóteses para explicar essa diferença, uma delas é que, como o vírus vai passando por mutações, alguns de seus efeitos acabem mudando. Outra, estaria ligada a diferenças genéticas entre as populações chinesa e europeia. Também é possível que simplesmente esse sintoma não tivesse sido percebido pelos médicos chineses no início da pandemia. “Também é curioso que a maioria dos pacientes com anosmia não apresenta congestão nasal ou catarro, causas comuns do distúrbio”, completou Breternitz.

Já se percebe que em 90% dos casos, os pacientes recuperam o olfato em cerca de duas semanas, mas isso também é acompanhado de outro fato curioso, para o qual ainda não há explicação: alguns desses pacientes passam a apresentar um quadro temporário de parosmia – são capazes de sentir um determinado cheiro, mas o associam a outra fonte, por exemplo, sentem o cheiro de pão fresco, mas o associam ao cheiro de uma fruta.