Saúde

Perigo na 3ª idade: 4,5 mil idosos no ES foram parar no hospital após quedas

Segundo dados do Ministério da Saúde, os tombos são a terceira causa de mortes entre idosos no Brasil. Geriatra explica que internações podem ter complicações

Foto: Reprodução/TV Vitória
Maria Lourenço Soares sofreu uma queda e precisou passar por cirurgia para implantação de 5 parafusos e uma placa de platina no punho esquerdo

A chegada da terceira idade carrega consigo inúmeros desafios enfrentados pelos idosos diariamente. Segundo o Ministério da Saúde, a queda é a terceira causa de morte entre os idosos no Brasil. 

Essa tendência alarmante também é observada no Espírito Santo. No ano passado, aproximadamente 4.500 idosos foram hospitalizados no Estado devido a quedas, representando um aumento de quase 50% em relação aos últimos cinco anos. 

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A aposentada Maria Lourenço Soares, moradora de Vila Prudêncio, em Cariacica, é um exemplo. Em janeiro deste ano, ao levantar de madrugada para beber um copo d’água, sonolenta e sob efeito de medicações, a idosa se desequilibrou, caiu e quebrou a mão esquerda.

Era de madrugada quando dona Maria foi a cozinha beber um copo d’água. A sonolência e o efeito de uma medicação que tinha tomado fizeram a aposentada se desequilibrar e levar um tombo.

Diante do ocorrido, a aposentada precisou passar por uma cirurgia para implantação de 5 parafusos e uma placa de platina no punho. Ela já fez 50 sessões de fisioterapia, contudo a saúde nunca mais foi a mesma.

“A minha perna bambeou, não sei se foi o joelho que deslocou, aí eu caí no chão. Quando eu acordei de manhã cedo, às 5h, não podia nem mexer na minha mão esquerda. Quebradíssima. Ainda dói muito, sinto incômodos e dores diariamente”, disse ela.

O número de internações de idosos por causa de tombos aumentou quase 50% em cinco anos. Essa constatação é vista com preocupação pelos médicos, pois as consequências de uma queda podem ser graves para quem tem idade avançada.

Foto: Reprodução/TV Vitória
Rafael Costa é geriatra

“A queda pode trazer os malefícios dela, que são justamente as fraturas de quadril e de fêmur. Aí o idoso é internado e durante a internação acaba pegando uma infecção, se torna mais debilitado, fica mais frágil e tem uma dificuldade maior. E acaba indo a óbito por complicações por complicações da queda, não necessariamente o tombo em si”, explica o médico geriatra Rafael Costa.

A orientação do representante da Sociedade Brasileira de Geriatria é para prestar atenção nos efeitos das medicações, ter um cuidador nos casos mais delicados e não deixar os exercícios físicos de lado.

“Musculação, pilates e tai-chi-chuan são algumas opções que ajudam a trabalhar o fortalecimento da musculatura. E também o equilíbrio, o que propicia ao paciente ter uma maior segurança e uma maior prevenção de quedas”, completa o geriatra.

*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV