Pesquisa

Sistema inovador para amputados usa esqueleto 3D e multicâmeras

O sistema, de baixo custo, permite estimar parâmetros dos movimentos de locomoção dos pacientes

Projeto esqueleto 3d
Foto: Divulgação/Governo do ES

Uma pesquisa desenvolvida pelo curso de Engenharia Elétrica do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em parceria com o curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), resultou em um sistema inovador que pode aprimorar a reabilitação de pessoas amputadas do membro inferior atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O sistema inovador, de baixo custo, permite estimar parâmetros dos movimentos de locomoção dos pacientes, possibilitando uma análise detalhada da marcha – o padrão de caminhada de indivíduos com redução de mobilidade.

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Sistema inovador é usado na reabilitação

A tecnologia pode ser utilizada por amputados em processo de reabilitação, seja total ou parcial, auxiliando no acompanhamento da adaptação às próteses.

Coordenado pela professora do Ifes, Mariana Rampinelli, o projeto teve início a partir do desenvolvimento de uma prótese robótica de perna por pesquisadores da Ufes, sob a liderança da professora Rachel de Andrade.

O sistema criado funciona como um protótipo equipado com multicâmeras, capazes de avaliar a velocidade, o tamanho da passada e o ângulo dos joelhos dos pacientes.

Monitoramento de forma remota

A tecnologia auxilia profissionais da área da saúde a monitorarem a evolução da reabilitação de forma remota. As câmeras capturam e analisam imagens em um espaço inteligente, onde o paciente realiza testes para a reconstrução digital de seu esqueleto em 3D.

Esse processo reduz a subjetividade no diagnóstico e permite um acompanhamento mais preciso.

Ele funciona a partir de um software que captura e analisa as imagens das câmeras que foram instaladas no espaço inteligente. O paciente fica neste espaço para realizar o teste em que seu esqueleto é detectado e, a partir disso, é realizada a reconstrução do esqueleto em 3D, o que torna o diagnóstico menos subjetivo, disse Mariana Rampinelli.

De acordo com Mariana Rampinelli, o diferencial do sistema está na acessibilidade e no custo reduzido.

Apoio e financiamento

O projeto, intitulado “Sistema Auxiliar de Diagnóstico de Amputados de Membro Inferior Atendidos pelo SUS, baseado em Visão Computacional e Aprendizado de Máquina”, foi selecionado no edital PPSUS nº 09/2020, uma chamada da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) em parceria com o Ministério da Saúde (MS), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Secretaria da Saúde (Sesa).

O investimento total foi de R$ 141 mil, viabilizando a compra de equipamentos e a instalação do sistema no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes).