Saúde

Pesquisa revela: catarata reduz volume e vascularização do cérebro

Além da demência vascular, a catarata também pode estar associada à doença de Alzheimer e a outros tipos de demência. Saiba mais

Foto: Reprodução/ Freepik

Uma pesquisa recentemente publicada no JAMA Network Open revelou que a catarata, considerada a principal causa de cegueira tratável no mundo, pode levar a uma diminuição do volume cerebral e a um aumento de 92% no risco de demência vascular. 

A investigação foi conduzida por pesquisadores da Universidade da Califórnia, que analisaram dados genéticos de 305 mil participantes com idades entre 55 e 70 anos, provenientes do UK Biobank, um dos maiores repositórios de dados anônimos para pesquisas genéticas. Além da demência vascular, a catarata também pode estar associada à doença de Alzheimer e a outros tipos de demência.

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De acordo com um oftalmologista do Instituto Penido Burnier, os resultados desse e de outros estudos que estabelecem uma relação entre problemas de visão e demência destacam a importância de investir em políticas públicas que ampliem o acesso à saúde ocular. 

A catarata, sendo a principal causa de cegueira global tratável, demanda atenção especial. Em resposta a essa necessidade, o hospital pretende realizar até o final do ano 570 cirurgias de catarata com o apoio da Fundação Penido Burnier, que recebeu recursos adicionais para aumentar o número de procedimentos pelo SUS.

O oftalmologista expressa satisfação com os resultados, observando que pacientes, alguns próximos de completar 100 anos, estão ansiosos para retomar suas atividades após a cirurgia.

O QUE É A CATARATA

A catarata se caracteriza pelo embaçamento do cristalino, a lente interna do olho que transmite as imagens para a retina. Enquanto o envelhecimento é a principal causa da catarata, outras condições como trauma, falta de proteção contra radiação UV, diabetes, exposição prolongada ao sol sem proteção adequada, tabagismo, uso de alguns medicamentos como corticoides e antidepressivos também podem contribuir para o desenvolvimento da condição.

Os sinais que indicam a necessidade de cirurgia incluem: troca frequente de óculos, visão de halos ao redor das luzes, perda de visão de profundidade e contraste, fotossensibilidade, dificuldade para dirigir à noite, adaptação lenta a diferentes intensidades de luz, lentidão na locomoção e maior propensão a quedas.

PREVENÇÃO

A principal medida de prevenção da catarata é o envelhecimento, mas para adiar a necessidade de cirurgia, recomenda-se: consultas regulares com um oftalmologista, uso de lentes que bloqueiem 100% da radiação UV, evitar fumar, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, incluir antioxidantes na dieta, usar óculos de proteção durante atividades de risco e manter a glicemia e o glaucoma sob controle.

A CIRURGIA

O único tratamento eficaz para a catarata é a substituição do cristalino opaco por uma lente artificial. Este procedimento é realizado com anestesia local e dura entre 10 e 20 minutos, permitindo que o paciente retorne para casa no mesmo dia. Após a cirurgia, é crucial seguir a prescrição de colírios para evitar infecções.

O medo da cirurgia de catarata frequentemente decorre da falta de informação. Embora, como qualquer cirurgia, existam riscos envolvidos, o grau de segurança é bastante alto. Adiar a cirurgia pode resultar em uma qualidade de vida inferior.

COMO A CIRURUGIA REDUZ O RISCO DE DEMÊNCIA

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia indicam que o Brasil registra 500 mil novos casos de catarata por ano. O Ministério da Saúde estima que cerca de 1,2 milhão de brasileiros vivam com alguma forma de demência, com 100 mil novos diagnósticos anuais. Um dos primeiros sinais de demência pode ser a dificuldade de processar imagens, mesmo sem alterações na acuidade visual. Embora a doença de Alzheimer seja irreversível, diversos estudos demonstram que a cirurgia de catarata pode reduzir o risco de demência de forma relativamente econômica. A melhora na visão favorece o aumento das atividades físicas e das interações sociais, além de retardar a atrofia do córtex visual devido ao aumento da entrada de luz no cérebro.

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Veja chás termogênicos e alimentos que ajudam a emagrecer após os 50

Entre as opções naturais que podem potencializar o processo de emagrecimento estão os chás termogênicos e alimentos específicos que ajudam a aumentar o metabolismo e promover a queima de gordura de forma eficiente.

1. Chá-verde

O chá-verde é conhecido por suas propriedades antioxidantes e termogênicas. Rico em catequinas, especialmente a epigalocatequina galato (EGCG), ele não só ajuda a aumentar a termogênese, como também melhora a oxidação de gorduras.

Estudos mostram que o consumo regular de chá verde pode contribuir significativamente para a perda de peso, especialmente quando combinado com uma dieta equilibrada e exercícios físicos.

2. Chá de gengibre

O gengibre não é apenas conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias, mas também por suas capacidades termogênicas. O gingerol, seu componente ativo, ajuda a aumentar o calor corporal, o que por sua vez pode acelerar o metabolismo e facilitar a queima de calorias.

Além disso, o gengibre é um aliado da digestão, o que pode ajudar a reduzir o inchaço abdominal e melhorar a absorção de nutrientes.

3. Chá de canela

A canela é uma especiaria com propriedades não apenas termogênicas, mas também benéficas para o controle do açúcar no sangue.

Seu componente ativo, o cinamaldeído, não só pode aumentar a termogênese, mas também melhorar a sensibilidade à insulina. Isso é especialmente importante após os 50 anos, quando muitas pessoas podem desenvolver resistência à insulina devido a mudanças hormonais e estilo de vida.

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ALERTA

A catarata é uma condição que pode ser tratada com sucesso através da cirurgia, a qual restaura a visão e pode reduzir o risco de demência. É crucial não adiar o tratamento e consultar um oftalmologista para avaliações regulares. A detecção precoce e a intervenção adequada são essenciais para preservar a saúde ocular e cerebral.

Kayra Miranda, repórter do Folha Vitória
Kayra Miranda Repórter
Repórter
Jornalista pelo Centro Universitário Faesa e repórter de SEO do Folha Vitória.