Você é o tipo de pessoa ou conhece alguém que não está satisfeito com a imagem que reflete no espelho? Faz investimentos em procedimentos estéticos, tem uma vida saudável regrada e, mesmo assim, acha que pode ou precisa melhorar a aparência? Essas, são características de quem sofre de Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), a síndrome do patinho feio: um sentimento subjetivo global de serem muito feios, sem atrativos, anormal ou deformados em alguns aspectos de sua imagem, a despeito da aparência normal ou quase normal.
Os comportamentos mais comuns são geralmente comparar a própria aparência com a de outras pessoas. Um estudo verificou que 90% dos indivíduos afetados experimentaram um episódio depressivo, 70% de ansiedade e 30% psicótico.
Segundo a especialista e enfermeira Katherine Maurente, quem sofre com o mal tem repulsa do próprio corpo. “Muitas pessoas não são capazes de enxergar o corpo de forma adequada e realista, criando uma distorção de imagem, um problema sério que precisa ser tratado”, disse.
É preciso ficar atento aos sintomas e causas!
– Insatisfação com o corpo é tão grande que há repulsa de si mesmo;
– Comentários contínuos da insatisfação como “estou gorda” ou “estou muito magro”;
– Fobia social;
– Depressão;
– Baixa auto estima;
– Uso de medicamentos impróprios, como laxantes;
– Exercícios ao extremo.
Causas
Existem muitos fatores, entre eles é quando a pessoa coloca para o externo culpas e traumas que não consegue explicar. Geralmente na adolescência a mudança do corpo gera essa ansiedade e pode vir a gerar o transtorno.
O tratamento depende do grau. O melhor é procurar um psiquiatra e um psicólogo para ajustar o tratamento de acordo com a pessoa. O psiquiatra Valdir Campos explica que a pessoa que sofre de TDC tem uma avaliação critica da realidade e da figura dela comprometida. “Essas pessoas precisam fazer psicoterapia, que é a terapia cognitiva comportamental, para mudar a forma dela pensar e e enxergar a sua imagem no espelho”, explicou.
Segundo o especialista as medicações são indicadas para os casos psicóticos graves ou que já desencadearam quadro de depressão, ansiedade e os remédios antidepressivos vão agir no combate dessas doenças. “A pessoa com a TDC não percebe que possui a doença porque toda percepção crítica está alterada. Na maioria dos casos, são as pessoas ao redor que identificam a alteração do comportamento e sugerem a ajuda”, comentou o psiquiatra.