A morte da atriz, escritora e roteirista de TV, Fernanda Young, acendeu o alerta sobre os efeitos de uma crise de asma. Fernanda morreu no último domingo (25), aos 49 anos, vítima de uma crise de asma seguida de parada cardíaca.
A doença é caracterizada por uma inflamação nos brônquios (tubos que levam o ar para dentro do pulmão). Quando eles fecham, a pessoa fica com dificuldade de respirar e, se ela não tomar algum remédio para tratar o desconforto ou não for encaminhada para o hospital, o problema pode até levar ao óbito, como aconteceu com Fernanda.
De acordo com a pneumologista Amanda Sirtoli, uma forte crise pode obstruir totalmente a passagem de ar e provocar uma parada cardíaca. “Por isso, é recomendado o tratamento constante da doença. Qualquer queixa de falta de ar deve ser investigada pelo médico. Outros sintomas não devem ser desconsiderados, como cansaço após esforço, aperto, peso e chiado no peito, tosse e produção de secreção”, afirma a médica.
A doença exige um diagnóstico correto para que seja prescrito o melhor tratamento. Por isso, é importante que o paciente diga ao médico o que sente e em qual período os incômodos se acentuam.
A asma não tem cura, mas é controlável. É importante esclarecer que existe preconceito em relação à bombinha e a certos medicamentos, mas eles não viciam e nem fazem mal ao coração.
“Geralmente, a asma começa na infância, mas isso não é regra. O problema pode ser hereditário. As estações mais críticas para quem convive com o problema são a primavera, o outono e, principalmente, o inverno”, reforça a doutora.
De acordo com a Asbai (Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia), a condição é responsável por 2 mil mortes por ano ou cerca de três ao dia. Só no SUS (Sistema Único de Saúde), é responsável por uma média de 350 mil internações.
Existem diversas formas de asma, mas, de modo geral, a doença é dividida em asma alérgica e não alérgica. Cerca de 80% dos casos em crianças e mais da metade em adultos têm a ver com a exposição a algum alérgeno.
Boa parte dos pacientes com esse tipo de asma também possui rinite. Já a asma não alérgica é mais frequente em adultos e costuma ser deflagrada por exercícios, estresse, ar frio ou seco e é mais relacionada à obesidade.