Devido as alterações hormonais da gravidez, as mulheres sofrem uma série de transformações no corpo que podem deixar algumas marcas. Entre as principais queixas, estão alterações na pele e nos cabelos, como a queda acentuada dos fios, manchas de melasma, flacidez na região da barriga e as temidas estrias, principalmente nos seios, abdômen, quadril e na parte interna das coxas.
Tantas mudanças podem afetar a autoestima da nova mamãe. A boa notícia é que elas não precisam mais esperar para iniciar alguns tratamentos estéticos.
De acordo com a empresária e esteticista Vanessa Cabral, existem procedimentos que podem ser feitos durante a amamentação e não oferecem riscos para o bebê.
Ela ressalta que, no caso das estrias, por exemplo, quanto antes a mulher buscar ajuda, melhor será o resultado, “para aproveitar enquanto as estrias ainda estão vermelhas”, explica. Segundo a especialista, o tratamento pode ser iniciado 10 dias após o parto.
“Essas marcas aparecem devido o esticamento da pele, porque a barriga e as mamas aumentam, e possuem dois estágios. Primeiro, as estrias ficam avermelhadas e um pouco elevadas, e vão se tornando brancas com o passar do tempo”, afirma.
Vanessa Cabral realiza uma técnica exclusiva de camuflagem de estrias com pigmentos de tom similares à pele, que pode melhorar em até 80% a aparência das cicatrizes. “A sessão é rápida e praticamente indolor”, garante.
Já para cuidar das manchas do rosto, Vanessa desenvolveu um protocolo exclusivo que suaviza o melasma. “O diferencial do Melasma Off é que, em 15 dias de tratamento, conseguimos reduzir em cerca de 90% as manchas e também ensinamos as clientes a fazer o controle, já que não há cura para o melasma”, esclarece.
O procedimento é realizado em um ciclo de três dias seguidos na clínica com limpeza de pele e aplicação de blend de ácidos. Os 12 dias seguintes são com aplicação de ácidos em casa e reforço no filtro solar.
Cuidados com os cabelos
De acordo com a farmacêutica e tricologista, Dr. Cristal Bastos, os tratamentos capilares com cosméticos naturais e não invasivos podem começar já durante a gestação, de maneira preventiva, e continuar após o parto.
Ela aconselha este acompanhamento porque as flutuações dos níveis hormonais podem impactar diretamente na saúde do cabelo, tanto no crescimento, como na densidade e força dos fios. Especialista no assunto, Cristal explica que os folículos capilares podem reagir ao estresse no corpo das gestantes e adiantar a fase telógena.
“A queda de cabelo sentida após o parto é ocasionada por uma mudança no status hormonal que ocorre ao final da gravidez e início do período de lactação. Esta mudança interfere no ciclo de crescimento dos cabelos provocando um tipo de queda capilar que pode iniciar de 2 a 4 meses após o parto”, avalia.
A especialista ainda acrescenta que “muitas mulheres sabem que há este problema porque já leram ou ouviram falar sobre isso, mas ficam perdidas e sem saber o que fazer diante do risco e da iminência da queda”, conta.
Segundo Cristal, algumas mulheres também podem ter perda de cabelos que acontecem por conta de outras razões associadas ao pós parto, como redução do sono, alimentação inadequada ou mesmo estresse.
“Buscar uma avaliação capilar para entender esta causa da queda é o primeiro passo para o tratamento”, pondera. Argiloterapia, fototerapia à laser, microinfusão de ativos e intradermoterapia são alguns dos procedimentos realizados e indicados por Cristal para cuidar das mamães.
Além disso, ela criou um suplemento capilar que é um aliado contra a queda pós-parto. “As cápsulas diárias vão devolver ao fio as vitaminas, minerais e proteínas necessárias para fortalecer os fios e prevenir a prevenir a queda, do enfraquecimento e envelhecimento dos fios”.
Flacidez
Mesmo com o retorno das atividades físicas, algumas mulheres ainda sentem dificuldade em alcançar o resultado desejado devido à perda de massa muscular e a flacidez da pele pós-parto.
Nesses casos, antes de cogitar um tratamento invasivo, o cirurgião plástico Fabrício Regiani indica o um tratamento conhecido como “Emsculpt”. Ele explica que o novo aparelho além de aumentar os músculos, pode melhorar a diástase (afastamento) do músculo reto abdominal e ajudar na redução de gordura visceral.
“O tratamento permite o ganho e manutenção da massa muscular de forma mais rápida e efetiva do que com exercícios físicos. Observamos aumento do tônus e hipertrofia da fibra muscular, levando a um aumento mais perene da massa magra e redução do percentual de gordura tanto subcutâneo quanto intra-abdominal”, explica.
A tecnologia High-Intensity Focused Electro-Magnetic (HIFEM), usada no aparelho, interage com o nervo motor enquanto a pele permanece intacta. De acordo com o cirurgião, as sessões são realizadas com um intervalo de três dias e o tratamento inicial consiste em quatro sessões.
“As puérperas podem começar a realizar o procedimento após 4meses do parto normal ou 6 meses, no caso de cesárea. Os resultados são sentidos desde a primeira sessão”, finalizou.