Há algum tempo, as pessoas que se submetiam às cirurgias de implante de silicone já eram avisadas sobre a recomendação médica para a troca das próteses a cada 10 anos. No entanto, com os avanços da tecnologia e dos materiais utilizados, as chances de possíveis complicações diminuíram.
Segundo o cirurgião plástico Adriano Batistuta, o período, até então pré-determinado, já não é dado como certo e, em alguns casos, a troca não é necessária.
“Os implantes mais antigos, feitos com silicone líquido, tinham prazo de validade de aproximadamente 10 anos, mas hoje em dia são usadas próteses vitalícias que não precisam ser trocadas a não ser que a paciente queira mudar o tamanho ou formato dos seios ou que tenha algum problema de rejeição do organismo com a prótese, mesmo sendo esta um produto considerado vitalício”, disse.
Entretanto, o médico alerta que, mesmo a prótese sendo vitalícia pode haver a necessidade de troca. Algumas mulheres podem apresentar situações que exigem uma nova cirurgia.
“O corpo reconhece o silicone como algo estranho e forma-se em torno da prótese um encapsulamento, que com o tempo pode espessar e provocar a contratura capsular. Uma cápsula é formada naturalmente em torno da prótese, como uma espécie de capa. Em alguns casos, essa cápsula pode ficar muito forte, alterando a forma e deixando a mama mais dura. Nestes casos é necessária a retirada ou a troca das próteses”, explicou.
Batistuta destaca que toda paciente deve realizar um acompanhamento anual com o cirurgião que fez a plástica ou com um mastologista. “O profissional vai realizar o exame clínico ou solicitar o exame de imagem, como a mamografia. Essa é uma maneira de vigiar e garantir que as próteses estão se comportando da maneira esperada no organismo da paciente”, disse.
É importante salientar que mulheres, mesmo as que tem silicone, com menos de 40 anos, devem realizar a mamografia a cada dois anos, já quando a idade for superior aos 40, devem fazê-la anualmente.