A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a campanha de multivacinação e alerta sobre a necessidade de a população manter as vacinas em dia. Para isso, enfatiza que é fundamental acompanhar o esquema de imunização para todas as faixas etárias estabelecido pelo Ministério da Saúde, controlando as doenças de forma intensiva.
Um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que o Brasil foi o primeiro país no mundo a incorporar diversas vacinas no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo um dos poucos que ofertam, de maneira universal, um rol extenso e abrangente de imunobiológicos.
No entanto, a alta taxa de cobertura vacinal para diversas doenças tem caído de forma acelerada nos últimos anos, colocando a Saúde em alerta.
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo, “ o Programa de Imunizações foi tão bem-sucedido ao longo dos anos que conseguiu erradicar, eliminar e controlar doenças, e isso fez com que elas desaparecessem ou diminuíssem drasticamente. Sendo assim, muitas pessoas passaram a acreditar que determinadas doenças não existiam mais e descuidaram da vacinação”, disse a coordenadora.
Danielle Grillo ressaltou que as vacinas são um dos mecanismos mais eficazes na defesa do organismo contra agentes infecciosos e bacterianos, e consiste na proteção do corpo por meio de resistências às doenças que o atingiriam. “As vacinas são produzidas por substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que são introduzidos no organismo para estimular a reação do sistema imunológico quando em contato com um agente causador de doenças”, explicou.
Além disso, a disseminação de informações falsas sobre vacinas nas redes sociais dificulta o processo de imunização das pessoas. Frases como “A vacina é mortal”; “Essas doses já mataram milhares”; “Não vacine seus filhos. É um risco”, têm sido amplamente compartilhadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens, como o WhatsApp. Danielle Grillo ressalta que essas informações são infundadas, mentirosas e apelativas, e colocam a saúde da população em risco.
Esquema de vacinação
Ao nascer
BCG (Bacilo Calmette-Guerin) – (previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea) – dose única
Hepatite B – dose única
2 meses
Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções por HiB) – 1ª dose
Vacina Inativada Poliomielite (VIP) (previne poliomielite ou paralisia infantil) – 1ª dose
Pneumocócica 10 Valente (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – 1ª dose
Rotavírus (previne diarreia por rotavírus) – 1ª dose
3 meses
Meningocócica C (previne a doença meningocócica C) – 1ª dose
4 meses
Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções por Haemophilus influenzae tipo B) – 2ª dose
Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – (previne a poliomielite ou paralisia infantil) – 2ª dose
Pneumocócica 10 Valente (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – 2ª dose
Rotavírus (previne diarreia por rotavírus) – 2ª dose
5 meses
Meningocócica C (previne doença meningocócica C) – 2ª dose
6 meses
Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções por HiB) – 3ª dose
Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – (previne poliomielite ou paralisia infantil) – 3ª dose
9 meses
Febre Amarela – dose única (previne a febre amarela)
12 meses
Tríplice viral (previne sarampo, caxumba e rubéola) – 1ª dose
Pneumocócica 10 Valente (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – Reforço
Meningocócica C (previne doença meningocócica C) – Reforço
15 meses
DTP (Difteria, tétano e coqueluche) – 1º reforço
Vacina Oral Poliomielite (VOP) – (previne poliomielite ou paralisia infantil) – 1º reforço
Hepatite A – dose única
Tetra viral ou tríplice viral + varicela – (previne sarampo, rubéola, caxumba e varicela/catapora) – Uma dose
4 anos
DTP (Difteria, tétano e coqueluche) – 2º reforço
Vacina Oral Poliomielite (VOP) – (previne poliomielite ou paralisia infantil) – 2º reforço
Varicela atenuada (previne varicela/catapora)
Meninas de 9 a 14 anos / Meninos de 11 e 14 anos
HPV (previne o papiloma, vírus humano que causa cânceres e verrugas genitais) – 2 doses com seis meses de intervalo
11 e 14 anos
Meningocócica C (doença invasiva causada por Neisseria meningitidis do sorogrupo C) – Dose única ou reforço
10 a 19 anos
Hepatite B – 3 doses, de acordo com a situação vacinal
Febre Amarela – 1 dose se nunca tiver sido vacinado
Dupla Adulto (previne difteria e tétano) – Reforço a cada 10 anos
Tríplice viral (previne sarampo, caxumba e rubéola) – 2 doses, a depender da situação vacinal anterior
20 a 59 anos
Hepatite B – 3 doses, de acordo com a situação vacinal
Febre Amarela – dose única, verificar situação vacinal
Tríplice viral (previne sarampo, caxumba e rubéola) – se nunca vacinado: 2 doses (20 a 29 anos) e 1 dose (30 a 49 anos)
Dupla adulto (previne difteria e tétano) – Reforço a cada 10 anos
60 anos ou mais
Hepatite B – 3 doses, de acordo com a situação vacinal
Febre Amarela – dose única, verificar situação vacinal
Dupla Adulto (previne difteria e tétano) – Reforço a cada 10 anos
Pneumocócica 23 Valente (previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – reforço a depender da situação vacinal – A vacina está indicada para grupos-alvo específicos, como pessoas com 60 anos e mais não vacinados que vivem acamados e/ou em instituições fechadas.
Gestantes
Hepatite B – 3 doses, de acordo com a situação vacinal
Dupla Adulto (previne difteria e tétano) – de acordo com a situação vacinal
dTpa (Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) – previne difteria, tétano e coqueluche – Uma dose a cada gestação a partir da 20ª semana de gestação ou no puerpério (até 45 dias após o parto).
*Com informações da Sesa