Nesta quarta-feira (15), o Jornal Europeu de Endocrinologia, publicou conclusões sobre um estudo desenvolvido por pesquisadores italianos reforçou que a obesidade é um fator de risco para que pessoas desenvolvam quadros graves do novo coronavírus. Entretanto, acrescenta que qualquer grau de sobrepeso pode ser prejudicial para quem é infectado pela covid-19.
Os pesquisadores analisaram 500 pacientes hospitalizados com covid-19 no norte da Itália e constataram algo um pouco diferente das diretrizes que vinham sendo utilizadas por algumas entidades médicas.
Eles concluíram que um IMC (índice de massa corpórea) acima de 30 — obesidade 2 — já é suficiente para aumentar as chances de complicações causadas pela doença e também de morte.
“Nosso estudo mostrou que qualquer grau de obesidade está associado à doença grave de covid-19 e sugere que pessoas com obesidade leve também devem ser identificadas como uma população em risco”, afirmou o médico Matteo Rottoli, um dos autores do artigo.
No Reino Unido, por exemplo, as diretrizes atuais para identificar pessoas com maior risco no Reino Unido são definidas com um IMC de 40 — obesidade 3.
Cientistas de todo o mundo tentam entender a relação do IMC elevado e casos graves de covid-19. A causa ainda precisa de mais respostas. Mas nesta semana, um estudo brasileiro, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), indicou que células adiposas — que armazenam gorduda — podem ser, além de infectadas, servir como reservatório para o SARS-CoV-2, coronavírus causador da doença.
Outros fatores ligados à obesidade, como resposta imunológica prejudicada para infecções virais, alterações da função pulmonar e quadros inflamatórios crônicos, também aparecem no estudo italiano como potenciais desencadeadores de um agravamento do coronavírus.
“Nossa hipótese é que os resultados da infecção pelo SARS-CoV-2 dependem do perfil metabólico dos pacientes e que a obesidade, entrelaçada com diabetes e síndrome metabólica, também esteja envolvida”, acrescentou Rottoli.
Com informações do portal R7