Levar as crianças à praia ou à piscina nas férias é diversão garantida para muitas famílias. Mas, se para um adulto a exposição excessiva ao sol já traz sérias consequências, para as crianças, esse risco é muito maior.
Isso acontece porque o sol tem efeito cumulativo sobre a pele e submeter as crianças aos raios UVA e UVB, sobretudo no horário das 10 às 16 horas, em que a radiação é maior, aumenta o risco de câncer de pele na fase adulta ou na velhice.
“Dentre os efeitos cumulativos pode haver alterações no DNA das células, que podem levar à formação do câncer de pele. Queimaduras solares na infância aumentam o risco de tumor desta natureza”, afirma o radio-oncologista Carlos Rebello.
Por terem a pele mais fina que a dos adultos e produzirem menos melanina, as crianças sofrem de imediato com os impactos da desidratação e das queimaduras quando expostas ao sol em excesso. Por isso é importante proteger as crianças com filtro solar infantil a partir dos seis meses de idade, protetor labial e roupas com proteção UVA e UVB, além de chapéu.
Bebês, por exemplo, não podem usar filtro solar, e a orientação médica para estimular a formação óssea é expô-los ao sol de manhã cedo por no máximo 20 minutos, sem protetor.
“A principal recomendação é evitar a exposição ao sol em horários de pico de radiação UV. O tratamento depois da doença instalada vai depender do estadiamento clínico do tumor para definição de prognóstico e, a partir daí, pode ser feito por cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, a depender de caso a caso”, afirma Carlos Rebello.
Segundo o radio-oncologista, crianças de pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos, histórico de queimaduras solares, histórico familiar de melanoma ou câncer de pele são as que devem tomar mais cuidado com a exposição ao sol.
Carlos Rebello explica que a doença é pouco frequente em crianças, no entanto, elas não estão livres dela.