O médico infectologista Alexandre Barbosa, da Sociedade Brasileira de Infectologia, alerta que ainda não há embasamento científico que o vírus que provoca a covid-19 possa ser reativado ou mesmo uma pessoa que já teve a doença possa voltar a se infectar.
De acordo com o especialista não foi possível constatar se o novo coronavírus é capaz de reinfectar um paciente ou ser reativado. “Infelizmente, ainda é uma lacuna na ciência, não sabemos se uma pessoa que pega está imune permanentemente ou se ela pode pegar de novo”, comentou. “Não tivemos nenhum caso que alguém ficou negativo e depois voltou a positivar”, acrescenta.
Receber alta é sinônimo de cura?
O médico destaca que a alta não significa que a pessoa está curada. Dessa forma o paciente pode piorar precisar ser internado novamente. Os motivos podem ser não ter seguido as recomendações médicas ou por questões da própria doença.
Reinfecção, o que é?
Ele explica que a reinfecção ocorre quando uma pessoa adquire uma doença, se cura completamente, entra em contato novamente com o patógeno e fica doente novamente.
Reativação
Acontece quando o paciente trata a doença, mas o patógeno não desaparece do organismo. “Como a tuberculose, você faz o tratamento, melhora, mas depois de algum tempo ela pode voltar sem que você precise ter contato com a bactéria novamente”, explicou o infectologista.
Pesquisa
Segundo o infectologista, já estão sendo realizados estudos para verificar se uma pessoa pode ser infectada por dois tipos diferentes de SARS-COV-2. “Isso está sendo feito por meio de análise de mutações do vírus para verificar se uma pessoa pode ter tido duas vezes a doença, mostrando vírus diferentes, mas até agora isso não foi demonstrado”.
FONTE: Portal R7