O RNA mensageiro, usado como base dos imunizantes das vacinas contra covid-19 da Pfizer/BioNTech ou da Moderna, não é transferido ao leite materno. A descoberta é de pesquisadores norte-americanos.
Em uma carta publicada no Jornal da Associação Médica Americana Pediatrics, o grupo da Universidade da Califórnia mostra resultados da análise de amostras do leite materno de sete mulheres, com idade média de 37,8 anos, coletadas em intervalos de 4 a 48 horas após a vacinação.
“Esses resultados fornecem evidências iniciais importantes para fortalecer as recomendações atuais de que o RNAm relacionado à vacinação não é transferido para a lactante, e que indivíduos em lactação que recebem a vacina baseada em RNAm de covid-19 não devem parar de amamentar. Além disso, qualquer RNAm residual abaixo dos limites de detecção em nosso ensaio sofreria degradação pelo sistema gastrointestinal do bebê, reduzindo ainda mais a exposição do bebê”, anotam os autores.
Anteriormente, a Academia de Medicina da Amamentação dos EUA chegou a falar sobre “um risco pouco plausível de que as nanopartículas ou RNAm da vacina entrem no tecido mamário ou sejam transferidos para o leite”.
O estudo publicado no JAMA, embora feito com apenas sete mulheres e 13 amostras de leite materno, é um passo inicial para encorajar mães vacinadas a continuarem amamentando.
*Com informações do Portal R7