Imagine um paciente que está na sala de cirurgia e durante a operação, o médico responsável que já está sendo auxiliado por um robô, pede ajuda a outro profissional (que está em casa) para auxiliá-lo no procedimento. O especialista recebe um código de acesso e com seu joystick via wireless ele “entra” na cirurgia e atua na operação ou realização de exame do paciente? Parece cena de filme de ficção científica, mas é a realidade e se chama medicina do futuro!
“Os avanços da cirurgia robótica é possível através de aparelhos de realidade aumentada, por exemplo, que nos permitem enxergar através do tecido do paciente. Em exames que envolvam radiação, o médico poderá realiza-lo à distância”, explica Antelmo Sasso Fin, cirurgião metabólico.
Ultrassom, endoscopia e cirurgias endoscópicas serão realizadas em breve com equipamentos especiais, os chamados: equipamentos do futuro.
“No centro cirúrgico eu poderei acionar outro cirurgião via celular ou computador e ele me ajudará de casa. Cada pinça ou instrumento terá um wireless na rede de Internet e o médico que está com o paciente libera o acesso para seu colega entrar na sala de cirurgia. Com seu joystick o meu colega de profissão, por exemplo, participa da operação junto comigo. Será uma cirurgia real em um ambiente virtual”, explicou o especialista.
Os equipamentos e as técnicas futuristas foram apresentados em São Paulo na segunda-feira (23), durante um evento voltado para especialistas que contou com a presença de Antelmo, que afirma que a robótica na medicina ajudará os médicos descobrirem cada vez mais cedo as doenças e poderão prevenir o paciente. “Vamos conseguir fazer uma medicina preventiva, detectando tumores cada vez menores sem precisar abrir o paciente”.
Apesar de todo o avanço tecnológico, a robótica não vai substituir o relacionamento médico-paciente, o atendimento humanizado continuará fazendo parte da medicina do amanhã. “Quando falamos da medicina do futuro, as pessoas têm medo e acham que apenas robôs realizarão a cirurgia ou um exame. As máquinas continuarão sendo operadas e dominadas pelos homens. As pessoas não se deram conta, mas já são atendidas por robôs quando ligam para alguns hospitais para marcar consulta”, lembrou Fin.
