O governo da Rússia anunciou neste sábado (13) que, em setembro, começará a produção, em grandes quantidades, da vacina contra o coronavírus, que já infectou mais de meio milhão de pessoas no país.
Os testes clínicos começaram em julho, o registro em agências federais será feito em agosto e a produção deve ser feita em setembro, contou Tatiana Gólikova, vice-primeira-ministra russa, durante uma entrevista coletiva.
O Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamalei, será o responsável pela fabricação. Até o momento, o Ministério da Defesa do país informou que 50 soldados – 45 homens e 5 mulheres – se ofereceram para participar dos ensaios clínicos do Centro de Pesquisa Científica.
Além disso, o governo russo informou que dez centros científicos no país estão atualmente trabalhando no desenvolvimento de vacinas e medicamentos para combater o vírus. No final de maio, o presidente russo Vladimir Putin ordenou que o governo acelerasse a produção da vacina contra a covid-19.
O diretor do centro de Gamalei, Alexandr Gintsburg, explicou que a Universidade Estatal de Moscou prepara uma vacina de vetor com base no DNA de um adenovírus do tipo SARS-CoV-2. Ainda segundo o cientista, a vacina já foi testada, de forma não oficial, com a ajuda de voluntários do próprio centro e todos os pacientes estão bem e desenvolvendo imunidade ao vírus.
Quanto à pandemia na Rússia, Golíkova observou que o aumento no número de infecções foi reduzido em 16 vezes em relação a seu pico em meados de maio e 79% das pessoas infectadas já tiveram alta, mas a situação permanece “muito alarmante”.
A Rússia é o terceiro país do mundo nos casos de covid-19 com 520.129, segundo dados publicados hoje pelas autoridades locais. Os óbitos chegam a 6.829 após a morte de 114 pessoas nas últimas 24 horas.
Com informações do portal R7