A pressão sobre os pés é grande quando estamos acompanhando um trio elétrico, um bloco ou até mesmo pulando carnaval no salão. A consequência disso é uma sensibilização maior, além de alguns danos aos pés que impedem que a pessoa volte a sambar ou consiga usar calçados nos dias seguintes.
Para evitar problemas, é preciso preparar os pés antes da folia e dar uma atenção especial a eles depois.
Paula Macario, podóloga do Naturlich Spa & Salão, sugere que não se corte as unhas muito curtas e se evite retirar totalmente as cutículas, além de não esfoliar demais a sola dos pés. “Essas são proteções naturais do corpo que impedem a sensibilização, a formação de infecções por bactérias, calos, frieiras e, principalmente, o aparecimento de bolhas”, alerta.
A especialista recomenda também usar apenas calçados já amaciados. Nada de estrear calçados novos no Carnaval, evitando surpresas desagradáveis, como descobrir que o calçado aperta demais ou causa desconforto em demasia em alguma parte do pé.
“Na hora de seguir os blocos ou entrar na avenida dê preferência aos calçados fechados. Eles vão proteger os pés de pedras, cacos de vidro e outros objetos que possam causar ferimentos, além de eventuais pisoteadas”, afirma. O ideal, segundo a podóloga, é usar calçados confortáveis e sem salto, pois cansam menos.
Para aquelas mulheres que querem mostrar que têm samba nos pés e não abrem mão do salto alto, recomendamos que utilizem saltos mais grossos e calçados fechados, que propiciam maior firmeza. Caso surjam bolhas nos pés, a podóloga recomenda não estourá-las, mantendo os pés limpos, secos e em repouso. Caso a bolha estoure, não remova a pele, pois ela servirá de proteção natural para a região machucada. “Fique mais atento para manter a área limpa, pois agora o risco de infecção passa a ser maior”, afirma Paula Macario.
Depois da folia, a especialista recomenda fazer escalda-pés com água quente para relaxar e uma massagem com hidrante à base de mentol, nos pés e nas pernas. Vale também pingar na água algumas gotas de óleo essencial de melaleuca, que tem ação antifúngica, ou óleo essencial de lavanda, que é relaxante. Caso não encontre os óleos à venda, Paula Macario sugere juntar à água um bom punhado de sal grosso, que ajuda na circulação.