Hoje em dia às doenças sexualmente transmissíveis estão “voltando” a ter destaque, principalmente o Papiloma Vírus Humano (HPV), porque têm apresentado maior incidência nos últimos tempos e, o motivo, é a falta do uso de preservativo durante as relações sexuais. De acordo com a ginecologista e obstetra Albertina Duarte, que também é coordenadora do Programa Estadual do Adolescente da Secretária de São Paulo, o HPV é uma doença difícil de ser diagnosticada e consequentemente tratada, porque os sintomas do vírus são confundidos com outras doenças.
Coceira, corrimento, incômodo e até desconforto durante as reações sexuais são sinais do HPV, que facilmente são confundidos com uma candidíase que não passa, por exemplo.
Há uma estimativa de que 12% dos jovens já estiveram em contato com o HPV. Com o exame de Papanicolau se consegue detectar a presença de células sugestivas do vírus, porém não a sua confirmação. Neste caso, é necessário realizar exames específicos, como colposcopia, vulvoscopia, biópsia, captura hibrida e hibridização.
De acordo com a médica, uma vez diagnosticado o HPV o tratamento passa por vários estágios, como aplicação química, cauterização, aplicação de cremes com atividade imunológica e, em alguns casos, retirada de um fragmento do colo uterino onde está a lesão.
“Não é preciso se apavorar. Quanto mais precoce o diagnostico, mais precoce a cura. Após negativado o exame é preciso manter 2 anos de sexo seguro (usando preservativo) para evitar nova contaminação”, disse a ginecologista.
– HPV tem mais de 200 tipos diferentes, sendo que 8 deles são oncogênicos (câncer);
– Vacina contra vírus deve ser tomada antes da iniciação sexual, ou seja, entre 11 e 13 anos;
– Doença no homem, na maioria dos casos, é assintomática.
*Com informações da ADJ Diabetes Brasil