A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma ameaça à população. Principalmente no inverno, com a chegada das temperaturas mais amenas, já que o frio e o tempo seco provocam complicações, facilitando a transmissão de vírus, como a da Influenza, que é o vírus da gripe.
Em 2018, o Brasil registrou mais de 6.700 casos da SRAG e 1.381 mortes. De acordo com a Secretária de Estado da Saúde do Espírito Santo, até a quarta-feira (07), o estado registrou um total de 135 casos da doença, sendo 58 casos por Influenza A (H3N2), 69 casos por Influenza A (H1N1) e oito casos por Influenza B. Deste total, seis casos evoluíram para óbito por Influenza A (H3N2), 14 por Influenza A (H1N1) e um por Influenza B.
Já em 2018, no estado foram confirmados 160 casos de SRAG por influenza, sendo 106 por influenza A (H1N1), 46 por influenza A (H3N2), 08 por influenza B. 22 pessoas morreram vítimas da doença em 2018.
Em 2017, foram registrados no estado 66 casos da doença por influenza, mas nenhum caso por influenza A (H1N1), sendo 54 casos por influenza A (H3N2), 1 caso por influenza A (não subtipado) e 11 casos por influenza B. Destes casos, 8 evoluíram para óbito.
Doença
De uma maneira geral a gripe pode evoluir para uma pneumonia, para sinusite e quadros respiratórios altos, como a SRAG. A especialista em Pneumologia pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais Jéssica Polese, explica que os grupos mais imunossuprimidos (que têm o sistema imune com baixa atividade) ou que são os extremos da idade, como os idosos e as crianças, são os que têm mais predisposição pra evoluir com doenças mais graves. Por isso a vacinação é muito importante para esses grupos.
“É comum que você tenha a infecção viral inicial e por cima venha uma infecção bacteriana. A gente chama isso de super infecção e é como se fosse uma superposição de uma bactéria sobre um vírus, são quadros bem graves nesses casos. Quando você tem a suspeita de síndrome respiratória aguda por Influenza você faz a administração de antibiótico pensando também em doença bacteriana superposta”, disse a pneumologista.
A síndrome respiratória aguda é uma resposta do organismo ao vírus. “Você pode ter o vírus e não ter a síndrome respiratória aguda. É da resposta de cada indivíduo, mas é claro que quanto mais gente tiver gripe maior a chance das pessoas com a doença aguda, mas isso é muito individual. Tem gente que tem gripe e melhora com um tempo de doença mais prolongado do que um resfriado comum, mas melhora”, destacou Polese.
Preocupação nos estados vizinhos
A Secretária de Estado da Saúde de Minas Gerais, informou que neste ano a SRAG já matou 160% a mais que a dengue, que tem apresentado casos epidêmicos em todo o país.