O mieloma múltiplo é o segundo câncer de sangue mais frequente no mundo e acomete, principalmente, pessoas com mais de 60 anos. A gravidade da doença está relacionada ao padrão de crescimento e sintomas, como dores ósseas e cansaço, que costumam ser confundidos com outras patologias, comuns com o avançar da idade, retardando o diagnóstico.
Os principais sintomas são dores nos ossos, anemia, insuficiência renal, fadiga e fraturas. O diagnóstico gera impacto nos mais diversos âmbitos da vida do paciente. “Uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, nutricionista, geriatra e fisioterapeuta, por exemplo, pode promover uma melhor resposta ao tratamento e proporcionar mais qualidade de vida em qualquer estágio da doença”, afirma a onco-hematologista Danielle Leão.
A especialista explica ainda que pelo aspecto psicológico, o choque no momento do diagnóstico pode gerar sentimentos como apreensão, desânimo e não aceitação. Por isso, é extremamente importante que o paciente e seus familiares busquem apoio externo, mantenham-se informados e em contato com profissionais que possam apoiá-los. Aliado a isso, adotar uma alimentação adequada e uma rotina de exercícios físicos, com orientação dos profissionais médicos, compõe um conjunto de iniciativas importantes na promoção de um quadro clínico positivo.
“Apesar da doença não ter cura, o avanço da medicina traz uma nova perspectiva para os pacientes, que conseguem cada vez mais ter uma melhor qualidade de vida”, conclui a especialista.
Mês de prevenção
Março é o mês de conscientização sobre o mieloma múltiplo, data instituída pelo International Myeloma Foundation (IMF) para promover o conhecimento sobre a doença, alertando sobre os seus sinais e sintomas, visando o diagnóstico mais precoce.
• Cuidados multidisciplinares contribuem para melhorar a qualidade de vida dos pacientes
• Apesar de ser o segundo câncer de sangue mais frequente no mundo, a enfermidade ainda é pouco conhecida e seus sintomas são confundidos com sinais de envelhecimento