Saúde

Tabagismo é fator de risco para tumor de bexiga

Fuamantes têm de 2 a 6 vezes mais chances de desenvolver a doença em relação a quem não fuma

Foto: Divulgação / Pexel

Com mais de cinco mil substâncias presentes em sua composição, o cigarro chega a ser responsável por mais de 50 doenças. Em cada tragada a pessoa inala, aproximadamente, 4.700 substâncias tóxicas e como a fumaça do cigarro é absorvida por combustão seus prejuízos são ainda maiores. 

Um levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), em parceria com o Hospital das Clínicas da FMUSP, mostrou que 65% dos homens e 25% das mulheres com tumores de bexiga apresentavam histórico de tabagismo. No caso deste tipo de câncer, ele se desenvolve porque muitas substâncias nocivas do cigarro são absorvidas e eliminadas pela urina, afetando o sistema urinário.

“Tabagistas têm de 2 a 6 vezes mais chances de desenvolver câncer de bexiga em relação a quem não fuma”, afirma o urologista Gabriel Moulin. “É importante dizer que cerca de 75% dos casos de câncer de bexiga são superficiais, com melhor prognóstico e tratamento mais simples”, completa. Os tumores invasivos da bexiga, além de pior prognóstico, podem envolver tratamento complexo, com cirurgia para remoção do órgão e a possibilidade de quimioterapia e radioterapia.

O câncer de bexiga é uma formação maligna que tem como principal causa o tabagismo, de 50% a 70% dos casos estão associados a esse fator. Substâncias tóxicas contidas na fumaça são eliminadas pelos rins junto com a urina e agride as paredes que revestem o interior da bexiga.