O Brasil é o país mais deprimido da América Latina, de acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), com aproximadamente 5,8% da população atravessando esse tipo de transtorno. Em contrapartida, apenas 3% dos brasileiros recorrem à terapia como tratamento.
A terapia, contudo, é indicada em diversas situações – inclusive em casos em que não há doenças mentais. Isso porque a prática traz muitos benefícios para o indivíduo, tanto na vida pessoal quanto na profissional.
Mas, afinal, o que é a terapia?
Antes de entender como ela funciona e quais são os seus benefícios e indicações, descubra o que é terapia.
A terapia é o tratamento de questões emocionais, comportamentais ou psicológicas. São utilizadas técnicas científicas, verbais e não verbais, em que o profissional – o psicólogo – conduz o paciente à reflexão para melhorar, ou até solucionar, seus problemas.
A procura por um psicólogo é indicada não só para quem tem grandes obstáculos ou distúrbios. A terapia pode ser positiva para toda e qualquer pessoa que queira lidar da melhor maneira possível com o dia a dia, contratempos, questões de maturidade, força e até inseguranças.
A terapia é, também, um tratamento também para transtornos mentais, como ansiedade e depressão, sempre aliado a outras especialidades.
Vantagens de fazer terapia
Os pontos positivos de procurar a ajuda de um psicólogo são muitos, que podem ser vantajosos pessoal e profissionalmente.
– Desenvolvimento de inteligência emocional.
– Identificação e quebra de padrões de comportamentos prejudiciais.
– Fortalecimento da autoconfiança.
– Aumento da autoestima.
– Autoconhecimento: identificação de qualidades e defeitos.
– Fortalecimento dos relacionamentos interpessoais.
– Aumento de foco no desempenho no trabalho.
– Superação de situações traumáticas.
– Identificação de transtornos e consequente acompanhamento.
– Identificação de propósitos e estímulo de busca pelos mesmos.
Quando procurar a terapia?
É indicado procurar a terapia em qualquer momento da vida, da infância à velhice. Não é preciso ter vivenciado traumas e transtornos mentais, basta apenas querer acolhimento e orientação para uma nova fase ou para encarar alguma situação diferente, por exemplo.
Outras situações em que a terapia indicada são as percepções de novos sentimentos ou comportamentos atípicos. Taquicardia, medos irracionais, tristezas prolongadas, estresse, falta de motivação, insônia são sintomas que também indicam a necessidade de procurar um profissional.
Nestes casos, principalmente, é fundamental a orientação de um psicólogo e, muitas vezes, em conformidade com um psiquiatra.
Quem eu devo procurar para fazer terapia?
O profissional apto a oferecer o tratamento de terapia é o psicólogo. Ele precisa ter, obrigatoriamente, o diploma na faculdade de Psicologia.
Uma dica é verificar as conformidades no Conselho Federal de Psicologia. Também pode ser uma boa opção buscar referências entre amigos e conhecidos.
Como é o processo de terapia?
A primeira sessão pode ainda parecer estranha, mas o profissional saberá conduzir a conversa. Geralmente, este momento é marcado sem compromisso, para que o psicólogo e o paciente se conheçam.
O paciente precisa ser recebido em um local e uma situação em que se sinta seguro e acolhido.
Ao final da consulta, o psicólogo avaliará a situação e a necessidade da frequência das sessões. O paciente, por sua vez, poderá tirar as primeiras dúvidas e valores.
Com tudo confirmado, o tratamento se inicia no próximo encontro. A maioria das sessões têm duração de 50 a 60 minutos.
É preciso um comprometimento do paciente com o tratamento. Além disso, é necessário entender que podem acontecer momentos de frustração, raiva e tristeza. Este é, contudo, um caminho para que o terapeuta tenha acesso a eventos os quais possam estar funcionalmente relacionados com a situação atual do paciente.
O profissional escuta, interpreta, fala, formula hipóteses, aplica a ciência e, sobretudo, intervém durante a cessão. É por meio dessas intervenções que se pode verificar os resultados, caminhando para uma melhora da questão inicial – e de outras que podem vir a surgir.