Saúde

Terceira idade: entenda a importância de desenvolver a criatividade nessa fase

É importante exercitar a mente e desenvolver novas habilidades para um envelhecimento saudável

Foto: Divulgação

Quanto mais a população envelhece, mais se fala em maneiras de se viver mais e melhor: ter uma boa alimentação, praticar exercícios físicos e manter bons relacionamentos. No entanto, pouco se fala sobre a importância da criatividade para o idoso. 

A arteterapeuta Renata Sudré explica que o cérebro desenvolve novas conexões ao executar um trabalho manual, o que ativa a memória e a concentração. “A arte incentiva o autoconhecimento e ajuda a desenvolver novas aptidões. Com isso, o idoso é convidado a se expressar e a perceber lembranças e desejos por meio de uma produção individual, colocando suas habilidades em prática”, comenta.

Para o psicólogo Gustavo Souza, atividades como as oficinas de criatividade estimulam diferentes níveis de raciocínio, melhoram a capacidade cognitiva e proporcionam mais segurança e engajamento com a vida. Além disso, participar de atividades diferenciadas e que fujam da rotina já estabelecida também pode reduzir as chances de desenvolver algumas doenças como o Alzheimer e a depressão.

“São inúmeras as atividades recreativas que estimulam novos sentidos e ainda promovem a interação e aproximação familiar. No entanto, para desenvolver a criatividade e aprender algo novo na velhice, é fundamental que a pessoa encontre satisfação e, principalmente, o sentido de autorrealização. A participação sempre deve ser voluntária e marcada pelo protagonismo e o contentamento”, completa o psicólogo.

Além da arte, existem outras atividades que ajudam a desenvolver a criatividade na vida dos idosos:

• Dança e atividades físicas: estimulam a flexibilidade, a postura e o equilíbrio;

• Música: traz alegria e ativa várias partes do cérebro, melhorando a capacidade cognitiva;

• Ioga: promove a calma, contribui para melhores postura e coordenação motora e ajuda a diminuir a pressão arterial;

• Grupo terapêutico: as conversas buscam a inclusão social ao debater questões como a velhice protagonista, os relacionamentos, as potencialidades e as limitações.