No verão, é comum as pessoas sentirem mais calor do que realmente mostram os termômetros. Isso porque a temperatura real e a umidade do ar não colaboram com a troca de temperaturas que estabilizam o bem-estar corporal.
A enfermeira especializada em Terapia Intensiva para Adulto, Larissa de Oliveira explica que em dias úmidos e quentes, transpiramos mais, porém o suor não evapora, o que prejudica o resfriamento do corpo. ” Já em dias secos, acontece o contrário, a percepção de calor fica mais próxima da temperatura real”, complementou.
Uma classe que merece atenção em dias quentes é a terceira idade. Diante do metabolismo mais lento e a faixa etária do idoso, o calor se torna um perigo. “Os idosos têm necessidade de ingestão de cerca de 2,5 litros por dia de líquidos, mesmo sem ter sede, devido a todos os fatores do envelhecimento. O frequente risco de desidratação nos idosos, ou seja, a eliminação de água do corpo maior que a ingestão, acontece porque eles tendem a sentir menos sede e a quantidade de água no corpo diminui em virtude da perda de massa muscular”, explicou a especialista.
Alguns fatores de risco, como baixo peso, uso de diuréticos e algumas doenças neurológicas, os tornam ainda mais suscetíveis para uma menor ingestão de água e um episódio de desidratação. “Vale ressaltar que os sinais de desidratação podem ser discretos, como prisão de ventre, tontura, confusão mental, aumento dos batimentos cardíacos, perda de peso, pele seca, queda da pressão arterial e redução do volume de urina”, acrescentou, Larissa de Oliveira.
A enfermeira explica que existem algumas formas de melhorar a hidratação dos idosos em dias quentes, reduzindo a perda de líquido. ” O aumento na ingestão de frutas, sucos, legumes e verduras com grande quantidade de água e fibras devem fazer parte do cotidiano do idoso nesta estação, pois contribuem para manter a hidratação”, finalizou.
