É mais comum do que se pode imaginar. Se não é você mesmo, certamente conhece alguém que tem o hábito de ficar muito tempo sentado no vaso sanitário, respondendo mensagens no celular, jogando, respondendo emails ou apenas passeando pelas redes sociais.
O que, provavelmente, muitos ainda não saibam é o risco que isso oferece para a saúde.
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Antes é preciso entender o que é o chamado prolapso retal. O problema acontece quando a parte interna do reto (parte final do intestino grosso) fica visível do lado de fora do corpo.
Segundo a cirurgiã coloproctologista Bruna Vailati, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, ouvida pelo portal de notícias R7, os prolapsos podem variar.
“Em algumas pessoas, esses prolapsos podem ficar sempre para fora, enquanto em outras podem aparecer apenas no momento de defecar, em que a pessoa consegue empurrá-lo para dentro, ou não precisa fazer nenhuma manobra, com o volume voltando para o interior sozinho”, diz.
O também coloproctologista Pedro Popoutchi, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, destacou que os quadros são mais comuns em bebês e em idosos.
As causas para o problema são variáveis: alterações anatômicas, neuropatias, fissuras anais e fatores externos, como esforço para evacuar e tosse.
Além disso, Popoutchi alega que doenças como distúrbios neurológicos, desnutrição e traumas sobre o assoalho pélvico podem provocar o prolapso.
Existe tempo máximo para ficar no vaso sanitário?
Bruna explica que passar muito tempo sentado no vaso, seja por qual motivo for, desencadeia um grande aumento na pressão sobre a região. Com isso, o tecido do reto passa a perder sustentação. Por esse motivo, o risco de acontecerem casos de prolapsos acaba aumentando.
“Não existe um tempo máximo em que se possa ficar no vaso. O ideal é ser objetivo. A pessoa deve ir, fazer a força necessária para evacuar e, após terminar, fazer a higiene e sair. Não se deve ficar tempo a mais no vaso”.
Causas do prolapso retal
Entre os fatores que levam ao problema, estão:
– Alterações anatômicas;
– Fissuras anais;
– Fatores externos (esforço para evacuar e tosse).
Em situações distintas, distúrbios neurológicos, desnutrição e lesões no assoalho pélvico podem desencadear o prolapso.
Conheça os sintomas
– Dor ao evacuar;
– Sangramentos;
– Dificuldade para evacuar;
– Sensação de peso na pelve;
– Dor abdominal;
O diagnóstico, de maneira geral, é feito por meio de exames e histórico clínico do paciente.
No caso dos tratamentos, antes é necessário identificar as características do problema e do paciente. Por exemplo, no caso de crianças, em sua grande parte a cura acontece espontaneamente. Em adultos, na maioria das vezes, se faz necessária alguma intervenção. A depender do quadro, é preciso passar por procedimentos cirúrgicos para reverter o problema.
Além disso, é importante que o paciente faça adequações à rotina e estilo de vida para evitar que o problema reapareça. Alimentar-se bem, praticar exercícios com frequência, ir ao banheiro regularmente e beber bastante água são primordiais para evitar novas situações.
*Com informações do R7
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