De acordo com cartilha divulgada pelo Ministério da Saúde, é recomendado que a população mantenha a carteira de vacinação em dia para que se evite infecções que poderiam ser confundidas com a covid-19. Além disso, é importante que a cobertura vacinal esteja em dia para que nenhum vírus debilite o organismo e agrave uma possível infecção pelo coronavírus.
Myrna Campagnoli, diretora médica do Laboratório Frischmann Aisengart, explica que de acordo com o MS as vacinas de covid-19 ainda estão em desenvolvimento, e que podem ser necessários até 18 meses para estar disponível.
“É extremamente importante que neste momento de pandemia, fiquemos atentos também a outras efemérides doenças que são frequentes todo ano no país, como a Gripe e o Sarampo. Além da importância de se imunizar para manter a saúde em dia, a vacinação ajuda a diminuir a superlotação nos hospitais”, afirma.
Segundo o Infogripe, sistema fruto da parceria entre pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Ministério da Saúde, o Paraná registrou, em 2019, 705 casos e 131 mortes por influenza. O total de casos notificados no estado é o segundo maior do país, atrás apenas de São Paulo que contabilizou 1.706 casos e 290 mortes. Em todo o Brasil, foram 5.983 casos e 1.149 óbitos ano passado.
Para a doutora Myrna, a covid-19 tem apresentado uma letalidade maior que influenza. “Por ser um vírus ainda desconhecido, sem vacina e tratamentos definidos, o coronavírus tem se mostrado mais letal que a influenza. Já são quase 90 dias desde que a doença desembarcou por aqui com mais de 1700 mortes em todo o país”, afirma. “Por isso não podemos descuidar da vacinação da gripe. Ela ainda circula entre nós e tem sintomas parecidos com os da covid -19”, acrescenta.
Entre os sintomas do novo coronavírus estão febre alta, tosse seca, dificuldade em respirar e falta de ar. Já a gripe pode apresentar febre acima de 38 ºC, calafrios, dor de cabeça, fadiga, dor de garganta, congestão nasal e tosse seca. “Os pacientes só devem procurar o sistema de saúde caso apresentem os sintomas mais graves que são febre persistente e falta de ar”, finaliza Myrna.