Entre janeiro e fevereiro, o Espírito Santo teve mil internações no SUS devido a doenças provocadas pelo saneamento. Os dados são de levantamento da ABCON, associação das operadoras de saneamento, com base em informações atualizadas do Datasus.
São leitos que poderiam ser destinados ao tratamento de pacientes de covid-19, mas que acabam sendo utilizados para ocorrências médicas que já deveriam estar erradicadas, se tivéssemos os serviços de água e esgoto universalizados. Entre as doenças que levam a essas internações estão diarreia, gastroenterite, amebíase e outras doenças infecciosas intestinais, além de dengue clássica e outras enfermidades.
As operadoras de saneamento, consideradas serviços essenciais, cobrem apenas parte da população com coleta e tratamento de esgoto. Dados do IBGE divulgados neste mês revelam que 18,4 milhões de brasileiros não recebem água encanada diariamente. Estima-se, pelos dados do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, que 100 milhões de pessoas não têm acesso ao tratamento de esgoto.