A terceira idade pede por mais atenção à saúde, especialmente a ocular. O descolamento da retina, por exemplo, é uma situação comum nessa fase da vida. É um problema grave que, se não for tratado, pode levar à cegueira total e irreversível.
A maior parte do globo ocular é formada pelo humor vítreo, uma substância de consistência gelatinosa. Atrás dele (bem no fundo do olho), fica a retina, uma fina camada responsável por captar as informações externas e transmiti-las para o nervo óptico. Dali, elas são levadas até o cérebro para que sejam decifradas e se transformem em imagens.
O humor vítreo e a retina ficam encostados. Porém, com o avanço da idade, a composição química dessa “gelatina” muda, tornando-se mais líquida por dentro, o que pode fazê-la se despregar. “Por ser muito frágil, o vítreo rasga e começa a vazar para o fundo do olho, causando o descolamento da própria retina”, explica a oftalmologista Thais Pascoal.
Mas a velhice não é a única causa. Levar uma bolada no olho ou não protegê-los durante um salto de paraquedas são outros fatores de risco, por exemplo. Miopia e predisposição genética também aumentam a probabilidade de desenvolver essa encrenca.
De acordo com a oftalmologista, quando a região central da retina é atingida, o paciente começa a ver “moscas volantes” no campo de visão. “É como se a pessoa enxergasse moscas pretas ou teias de aranha o tempo todo. Essas manchas também podem ter a aparência de uma marca d’água ou uma cortina preta”, aponta.
Diagnóstico e o tratamento
O exame principal para identificar a condição é o mapeamento da retina. “Pingamos uma gota de colírio para dilatar a pupila do paciente e, com uma luz e uma lente de aumento, avaliamos o fundo do olho”, informa Dra. Thais.
Enquanto a retina não tiver se desgrudado propriamente, dá para reverter a situação com tratamento à laser.