Entenda as consequências da menopausa para a pele

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Dra. Priscila Passamani

A nossa vida é formada de vários ciclos, e as mudanças com o tempo trazem constantes transformações, a exemplo da menopausa. Esta é uma época na vida das mulheres onde as alterações hormonais bruscas podem impactar a qualidade de vida e o bem-estar femininos e podem até mesmo prejudicar a saúde da pele.

Quem passou dos 25 anos, por exemplo, começa a sentir a queda na síntese do colágeno, já nos primeiros anos da menopausa, as mulheres sofrem uma queda ainda mais drástica, perdendo quase 30% da produção dessa proteína tão amiga da nossa pele.

Além de rugas no rosto, outros sinais podem surgir nessa fase. Com a queda na produção de colágeno e elastina, a tendência é que a pele fique mais afinada e frágil por conta da perda de espessura da pele.

O ideal para combater esse efeito é investir em tratamentos que reponham ou estimulem esses componentes tão importantes e dar mais ênfase no uso do protetor solar, já que a pele afinada fica mais vulnerável aos danos solares.

PERDA DE ELASTICIDADE DA PELE

Outra consequência da perda de colágeno e elastina é a redução da elasticidade e do tônus da pele. Como resultado, o rosto fica mais flácido. Há ainda a manifestação na pele do pescoço e colo, na mão, nos pés (rachaduras) e nos cabelos: com alterações do número, densidade, qualidade e pigmentação dos cabelos femininos.

O desequilíbrio hormonal característico dessa fase também deixa o rosto mais oleoso e sujeito à acne, além de ser a causa do aparecimento de pelos grossos sob o queixo e nas laterais da face.

A menopausa piora as alterações cutâneas estruturais, e um dos primeiros sintomas é o aumento da secura da pele, acompanhada pela perda de firmeza e da elasticidade, com alteração ultra estruturais nas fibras elásticas.

A velocidade no processo de envelhecimento com a diminuição das fibras de colágeno provenientes do período pode ser ainda intensificada por outros fatores como poluição, fumo, álcool, má nutrição, infecções, exposição solar, genética, hormônios e metabolismo.

COMO MINIMIZAR OS EFEITOS

Para tentar minimizar esses efeitos, é possível seguir alguns conselhos. A proteção solar e a hidratação são essenciais. A radiação do sol é uma grande vilã do envelhecimento da pele e deve ser sempre combatida. O ideal é usar protetor com FPS 30 no mínimo e fazer a reaplicação ao longo do dia.

Levar um estilo de vida mais saudável também é benéfico. Recomenda-se não fumar, praticar atividades físicas e realizar uma alimentação rica em proteínas, fibras, ômega 3 e com baixo teor de açúcares refinados a fim de minimizar a perda de colágeno e devolver o tônus da pele.

Associar esses conselhos aos procedimentos dermatológicos pode acarretar grandes resultados. Alguns exemplos de procedimentos que podem ser realizados para reduzir o impacto da menopausa na pele são: bioestimuladores de colágeno, ultrassom macro e microfocado, lasers, preenchimento com ácido hialurônico, lasers, toxina botulínica, entre outros.

No entanto, lembre-se sempre que procurar um dermatologista é o primeiro passo já que cada pele tem suas particularidades e o especialista saberá analisar e transmitir o melhor tratamento e as melhores soluções para o seu caso. O importante é saber que efeitos na pele originados pela menopausa podem ser controlados.

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Dra. Priscila Passamani

Médica e Cirurgiã Dentista. Atuou como Professora Adjunta de Anatomia na UFES e Dermatologia na Santa Casa do Rio de Janeiro. Dermatologista Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia SBD. Sócia Fundadora Centro Médico Shopping Vitória e Sócia Fundadora Dermaskin - Centro Estético Shopping Vitoria. @drapriscilapassamani