O desafio das doenças respiratórias na Infância
As doenças respiratórias são causas frequentes de adoecimento na faixa etária pediátrica, representando cerca de 30 a 40% dos motivos de consulta e hospitalização.
Em períodos de outono/inverno se tornam mais prevalentes, sendo os vírus as causas mais comuns. A maioria das doenças tem o curso benigno, porém, se não manejadas de maneira correta podem evoluir para infecções bacterianas, tornando necessário um tratamento mais específico. É importante que a família conheça um pouco das doenças e saiba identificar os sinais de gravidade para procurar o pediatra.
A rinofaringite aguda (ou resfriado) se confunde muito com a gripe, ambas são causadas por vírus, tem como principais sintomas os espirros, secreção nasal, tosse, irritação na garganta e febre. O principal fator que diferencia um do outro é a maior intensidade dos sintomas na gripe, que vem associados a prostração.
Quando temos esses quadros gripais em crianças muito pequenas (principalmente menores de 2 anos), temos que pensar em bronquiolite. Essa também é causada por vírus e muito comumente pode evoluir com desconforto respiratório.
As duas principais complicações desses quadros citados acima ocorrem pelo acúmulo de secreção nas vias aéreas superiores, são a otite e a sinusite. Sendo que a primeira manifesta principalmente com febre e dor de ouvido intensa e a segunda tem como evolução um quadro arrastado (cerca de 7-10 dias) com muita secreção nasal, tosse, dor de cabeça e febre.
Outra doença muito comum é a amigdalite, que pode ser causada por vírus ou bactéria. Atinge as amigdalas e garganta e tem como principais sintomas são dor de garganta intensa, febre e dificuldade de engolir.
E por último, não podemos deixar de falar da pneumonia. Causa comum de mortalidade em crianças menores de 5 anos, pode ser causada por vírus ou bactérias. Tem como sintomas mais comuns a tosse, febre, respiração mais rápida e prostração.
Se o seu filho estiver com algum sintoma que pode indicar infecção respiratória, é importante que você procure o pediatra para que ele direcione sobre o diagnóstico correto e o melhor tratamento.